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Dólar vai a R$ 3,70 com preocupações com China e quadro fiscal

Moeda já está sendo comercializada a 4 reais nas casas de câmbio; Ibovespa registra perdas acima de 2%

Por Da Redação
1 set 2015, 11h41

O dólar voltou a subir nesta terça-feira, chegando a ser cotado a 3,70 reais, pela primeira vez desde 2002. A moeda americana reage à aversão ao risco no exterior – com os dados frustrantes sobre a indústria na China e em outros países – e também à deterioração fiscal evidenciada na proposta orçamentária entregue nesta segunda-feira pelo governo Dilma ao Congresso. Às 16:15, o dólar avançava 1,86%, a 3,6945 reais na venda, após encerrar agosto com alta de 5,91% e acumular no ano valorização de 36%. Na máxima do dia, a divisa norte-americana alcançou 3,7040 reais, maior nível intradia desde 13 de dezembro de 2002 (3,7750 reais).

O setor industrial da China registrou, em agosto, uma queda maior que a prevista pelos analistas, sinalizando contração da atividade, segundo o índice dos gerentes de compra (PMI) oficial. Os PMIs da Índia e da Rússia também caíram consideravelmente no mês passado. Com isso, as bolsas da Europa amargam o sinal negativo, assim como os índices futuros em Nova York.

Segundo analistas, o ajuste externo reflete o crescente temor de que a desaceleração além do esperado da economia chinesa prejudique o crescimento global e reduza as perspectivas de inflação, o que poderia levar a um adiamento do início do ciclo de alta nos juros nos Estados Unidos.

Na segunda-feira, o dólar terminou cotado a 3,6271 reais na venda, alta de 1,17%. A alta foi motivada por preocupações com a situação fiscal do país, após o governo prever um déficit de 30,5 bilhões de reais no Orçamento em 2016, o que representa 0,5% do PIB. A expectativa de rombo reforça a frustração de agentes econômicos com a condução do ajuste fiscal e agrava preocupações com a perda do grau de investimento do país.

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Em relatório intitulado “Admitindo a Derrota”, a estrategista para a América Latina do grupo financeiro Jefferies, Siobhan Morden, afirmou que, ao admitir déficit primário para o ano que vem, o governo “completamente paralisa o processo de ajuste”. Ela ressaltou ainda que eventual saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do governo não seria mais uma surpresa tão grande quanto há alguns meses.

Turismo – Em algumas casas de câmbio o dólar turismo ultrapassa os 4 reais. Nesta tarde, ele era oferecido a 4,05 reais no cartão pré-pago na AGK Corretora, e a 4,14 reais, na mesma modalidade na Ourominas. Em espécie, a moeda era comercializada a 3,87 reais na AGK e a 3,91 na Ourominas. Nas casas de câmbio o dólar é mais caro, pois inclui cotação, impostos e taxas.

Bovespa – O Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo (Bovespa), caía a 2,75% por volta das 16h06, puxado pelas ações da Petrobras e da Gol. O indicador acompanha a queda nos mercados acionários no exterior, onde o investidor foge dos ativos de risco de países emergentes. A piora dos fundamentos econômicos do Brasil com a previsão de orçamento deficitário e as incertezas no campo político também influenciam a bolsa.

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(Com Estadão Conteúdo)

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