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Dólar vai a R$ 3,42, o maior valor desde dezembro de 2016

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em baixa de 1,78%, aos 83.307 pontos

Por Da redação
Atualizado em 9 abr 2018, 18h59 - Publicado em 9 abr 2018, 17h52

Sem um cenário claro sobre as eleições deste ano, o mercado financeiro opera com cautela. O dólar subiu mais de 1,6%, cotado a 3,4219 reais na venda, maior nível desde 5 de dezembro de 2016, quando fechou a 3,4294 reais. Entre os motivos que tensionaram o mercado nesta segunda-feira estão a cena eleitoral e o receio de uma eventual guerra comercial entre Estados Unidos e China. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em baixa de 1,78%, aos 83.307 pontos.

Essa foi a sexta sessão de alta da moeda americana, acumulando valorização de 3,69%, com o mercado pouco a pouco precificando maiores aversões ao risco. “Ninguém sabe como as pessoas vão reagir ao pós-Lula, mas minha percepção é de que o desconforto e a necessidade de mudanças vão prevalecer. E isso não é necessariamente bom para o mercado”, afirmou o diretor de tesouraria de um banco estrangeiro.

O cenário político continuava sendo fonte de preocupações para os mercados após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de semana. O petista, visto por investidores como menos comprometido com o controle das contas públicas, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais deste ano e, mesmo sem concorrer, pode exercer influência no pleito como forte cabo eleitoral, o que não agrada aos mercados financeiros.

O cenário eleitoral é uma das razões apontadas por especialista para explicar o fechamento no vermelho do indicador e a alta do dólar. “É um movimento tipicamente brasileiro, porque a bolsa aqui está totalmente descolada dos indicadores internacionais. Hoje os índices americanos operaram em alta”, diz Marcos Mollica, sócio-gestor da Rosenberg Investimentos.

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Para ele, a falta de um candidato do centro forte para disputar as eleições deste ano deixa o mercado em compasso de espera. “Até que haja um candidato que se firme para concorrer à Presidência, teremos um período de grande volatilidade”, considera Mollica.

Analistas consultados pela Reuters logo após a prisão do ex-presidente ser decretada disseram que o PT deverá, ao menos publicamente, insistir na candidatura de Lula à Presidência da República, mesmo com ele preso, pois esta é a estratégia que mais maximiza a transferência de votos para outro petista ou para um candidato aliado.

“Para os investidores, o evento (prisão) importa pelo eventual impacto que terá no quadro eleitoral de agora até outubro”, afirmou um gestor de derivativos de uma corretora fluminense. “Com o quadro eleitoral ainda em aberto, é natural que os mercados locais demandem mais prêmios de risco”, emendou.

O cenário externo também continuou assombrando os mercados, com temores de que uma guerra comercial possa começar e, assim, afetar o fluxo de capitais.

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A China intensificou seus ataques contra o governo dos Estados Unidos nesta segunda-feira, devido a bilhões de dólares em ameaças de tarifas, dizendo que Washington seria o culpado pelos atritos e repetindo que é impossível negociar sob as “circunstâncias atuais”.

Além do cenário eleitoral, o mercado também está pessimista quanto à privatização da Eletrobras. Nem mesmo o anúncio de Moreira Franco para assumir o Ministério de Minas e Energia fez os papéis da empresa se valorizarem. As ações ordinárias, com direito a voto, da Eletrobras fecharam em baixa de 9,56%. E as preferenciais em queda de 7,2%.

(Com Reuters)

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