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Dólar sobe 1% e volta a R$3,80 com exterior e tensão eleitoral

Mercado tem se mostrado bastante sensível ao fato de candidatos mais favoráveis a reformas não ganharem tração na preferência do eleitorado

Por Reuters 9 ago 2018, 17h32

O dólar encerrou em alta de 1% e fechou o dia em 3,8034 reais diante de um ambiente de maior cautela com a cena eleitoral local e os desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros. É maior nível desde 19 de julho, quando terminou em 3,8448 reais. Na máxima, foi a 3,8225 reais.

“O Brasil está entrando num momento ímpar e parece que os players do mercado em seus diversos segmentos estão num ‘corner'”, diante de “tantas incertezas e dúvidas” no noticiário diariamente, disse o economista Sidnei Nehme, sócio da NGO Corretora, em comunicado para clientes.

As informações sobre a corrida eleitoral ganham ainda mais importância diante das perspectivas para a atividade econômica e para as contas públicas que hoje se mostram mais desafiadores do que no passado recente, completou Nehme.

“Com mais de 30% dos eleitores com votos brancos e nulos, e os eleitores indecisos, o evento é visto como uma grande oportunidade para candidatos melhorarem seu desempenho”, escreveu a corretora XP Investimentos em nota, referindo-se ao primeiro debate entre os candidatos à Presidência nesta noite, na TV Band.

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O mercado tem se mostrado bastante sensível à corrida eleitoral, com candidatos que considera mais voltados a reformas e ajustes fiscais sem ganhar tração na preferência do eleitorado, com destaque para Geraldo Alckmin (PSDB).

Em duas recentes pesquisas realizadas apenas no Estado de São Paulo, o tucano e ex-governador paulista aparece em empate técnico com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

O mercado também não gostou da notícia de que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram na véspera aumento de 16,38% em seus salários a partir de 2019, encaminhando a proposta ao Ministério do Planejamento, o que deverá gerar efeito cascata em todo o Judiciário. Se confirmada, a proposta implicará em gasto adicional total de 4 bilhões de reais em 2019, a ser incorporado como despesa de pessoal, de execução obrigatória, segundo cálculos das consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado.

Segundo o levantamento, a União será impactada em 1,4 bilhão de reais e os Estados em 2,6 bilhões de reais, caso a elevação seja aprovada pelo Congresso Nacional. A meta de déficit primário do próximo ano é de 139 bilhões de reais.

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“Aparentemente, os poderes não intuíram a gravidade da situação fiscal brasileira”, afirmou o economista-chefe do Home Broker ModalMais, Alvaro Bandeira.

No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas e também sobre a maioria das divisas de países emergentes, diante da percepção de que a intensificação na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China afetaria mais as economias voltadas para a exportação. O dólar disparava ante a lira, diante de preocupações de que preocupações de que a Turquia estaria iniciando uma ampla crise econômica, subia forte ante o rublo, depois de novas sanções dos EUA.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,68 bilhão de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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