Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Deutsche Bank se torna novo alvo após colapsos bancários nos EUA

Os contratos de credit default swap (CDS) do banco alemão, uma espécie de seguro contra calote, subiram para 175 pontos-base, o maior nível desde outubro

Por Luana Zanobia 24 mar 2023, 11h33

Os recentes colapsos em bancos americanos e a venda do Credit Suisse para o UBS colocaram o setor bancário em destaque nos mercados financeiros globais. O Deutsche Bank é o mais recente objeto de preocupação para os investidores, com seus contratos de credit default swap (CDS), uma espécie de seguro contra calote, subindo para 175 pontos-base, o maior nível desde outubro, o que gerou uma nova onda de aversão a risco nos ativos financeiros globais. As ações do banco registram queda de mais de 10% no fim da manhã desta sexta-feira, 24, pelo horário de Brasília. 

Autoridades reguladoras suíças e internacionais, juntamente com bancos centrais, tinham a expectativa de que a venda do Credit Suisse para seu concorrente doméstico acalmasse os mercados, mas os investidores ainda não parecem confiantes de que o acordo seja suficiente para estabilizar o setor bancário.  Os temores de que a crise no setor bancário possa se espalhar pelo mercado estão aumentando, com o índice Stoxx 600 Banks, que reúne as ações dos principais bancos europeus, recua mais de 5%.

As ações de diversos bancos europeus, incluindo Deutsche Bank, Commerzbank, Credit Suisse, Société Générale, UBS, Barclays e BNP Paribas, sofreram quedas acentuadas nesta sexta-feira. Apesar disso, o Deutsche Bank tem se saído bem financeiramente, registrando lucros consecutivos por 10 trimestres após uma grande reestruturação que visou a redução de custos e aumento da lucratividade. O banco apresentou índices positivos de solvência, liquidez e financiamento estável, o que sugere que sua situação financeira é estável. O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que o Deutsche Bank é um banco lucrativo e reorganizado, e a presidente do Banco Central Europeu afirmou que o setor bancário da zona do euro é resiliente e que o BCE pode fornecer liquidez se necessário.

Nas últimas semanas, os reguladores financeiros e governos tomaram medidas para evitar a propagação dos problemas em bancos específicos, e a agência de classificação Moody’s prevê que essas ações serão bem-sucedidas. No entanto, em um ambiente econômico instável e com a confiança dos investidores em baixa, pode haver riscos de repercussões mais graves dentro e fora do setor bancário se os formuladores de políticas não conseguirem reduzir a turbulência. A Moody’s também prevê que as condições globais de crédito vão continuar enfraquecendo em 2023, devido a taxas de juros mais altas e crescimento mais baixo. A agência alertou que, à medida que os bancos centrais se esforçam para conter a inflação, quanto mais apertadas as condições financeiras, maior será o risco de o estresse se espalhar para outros setores, o que pode causar mais danos financeiros e econômicos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.