Demanda por crédito desacelera no 1º semestre
De acordo com levantamento da Serasa, a demanda cresceu 13,7% no período contra um crescimento de 16,6% no primeiro semestre de 2010

O total de consumidores que procuraram crédito no primeiro semestre cresceu 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado no país, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Serasa Experian – empresa especializada em análise de crédito. O resultado aponta uma desaceleração na demanda por crédito em comparação aos períodos anteriores.
No primeiro semestre do ano passado, a busca por crédito havia registrado elevação de 16,6% ante o mesmo período de 2009; enquanto, no segundo semestre de 2010, o indicador havia mostrado alta de 16,2% em relação ao mesmo período do ano antecedente. Já na comparação mensal, a demanda dos consumidores por crédito caiu 3% em junho ante maio e subiu 21% em relação a junho do ano passado.
Os economistas da Serasa Experian avaliam que a desaceleração na demanda por crédito é resultado da elevação das taxas de juros e das medidas adotadas pelo governo federal. No entanto, com a desaceleração abaixo da esperada, a instituição acredita que devem ocorrer novas elevações da taxa Selic (a taxa básica de juros da economia) por parte do Banco Central na segunda metade do ao, com o objetivo de conter ainda mais a busca por empréstimos e auxiliar no controle da inflação.
Segmentos – Os consumidores de baixa renda apresentaram maior crescimento na busca por crédito no primeiro semestre de 2011 ante o mesmo período do ano passado. Na faixa de renda mensal de até 500 reais, a demanda subiu 34%. Houve aumento na demanda também nas demais faixas salariais: para o intervalo de renda mensal entre 5.000 reais e 10.000 reais, o acréscimo foi 19,2%; entre 500 reais e 1.000 reais, de 16%; de 2.000 reais e 5.000 reais, de 13,6%.; para aqueles que ganham mais de 10.000 reais, de 13,2%; e para a faixa de 1.000 reais e 2.000 reais, de 7,2%.
Na análise por regiões, a maior alta na demanda por crédito dos consumidores ocorreu no Nordeste (17,1%) na comparação entre o primeiro semestre de 2011 e o mesmo período de 2010. Em seguida aparecem Norte (14,2%), Sudeste (13,3%), Centro-Oeste (13,0%) e Sul (11,9%).
(com Agência Estado)