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Déficit e dívida pública: as posições dos candidatos franceses

Por Dsk
12 abr 2012, 15h12

Ante o problema da dívida e dos déficits públicos, os principais candidatos à presidência francesa defendem a austeridade orçamentária, salvo dois deles, Marine Le Pen (extrema-direita) e Jean-Luc Mélenchon (esquerda radical).

A dívida pública francesa não parou de aumentar nos últimos anos e se situou ao final de 2011 em torno de 1,7 trilhão de euros. Em um ano, a dívida aumentou em mais de 100 bilhões.

No dia 13 de janeiro, a agência Standard and Poor’s retirou o triplo A da França, o que gerou temores com relação aos juros pagos pelo país na emissão de títulos da dívida.

O RETORNO AO EQUILÍBRIO:

– Três dos principais candidatos, o conservador Nicolas Sarkozy, o socialista François Hollande e o centrista François Bayrou consideram como prioridade o retorno ao equilíbrio das finanças públicas. Uma linha comum se estabelece até 2013, com o objetivo de redução dos déficits públicos a 3% do Produto Interno Bruto (5,2% em 2011). Depois, as propostas divergem: Nicolas Sarkozy e François Bayrou apontam para o equilíbrio em 2016 e François Hollande o prevê apenas para 2017. Já Marine Le Pen prevê equilíbrio apenas para 2018. Já Jean-Luc Mélenchon não fixa nenhuma data.

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MEDIDAS PARA ATINGIR O EQUILÍBRIO:

– Nicolas Sarkozy prevê um esforço de 125 bilhões de euros, dois terços obtidos a partir de cortes e um terço através de novos impostos. Sarkozy pretende chegar inclusive a um excedente orçamentário de 0,5% do PIB em 2017. François Hollande planeja obter 100 bilhões repartidos em partes praticamente iguais entre cortes dos gastos e novos ingressos. O projeto de Bayrou é similar. Marine Le Pen defende “economias progressivas” de 5 a 70 bilhões de euros por ano e uma monetarização da dívida por parte do Banco da França de um total de 100 bilhões. Jean-Luc Mélenchon opta por uma opção comparável, mas através do Banco Central Europeu (para o qual ignoraria o Tratado de Lisboa), um “empréstimo obrigatório dos bancos” e impostos para os mais ricos, sem descartar uma anulação parcial da dívida.

REGRA DE OURO:

– Nicolas Sarkozy propõe inscrever na lei fundamental o retorno ao equilíbrio orçamentário em 2016 mediante o voto de uma “regra de ouro” no Parlamento. François Bayrou é também partidário da mesma regra. Hollande inscreverá o retorno ao equilíbrio em 2017 em uma lei de programação plurianual das finanças públicas. Marine Le Pen “exige primeiramente que a França saia da submissão total aos mercados”. Já Mélenchon, considera o princípio dessa regra “ridículo” e “perigoso” por acreditar que ele levaria à “extinção do motor econômico”.

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