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De Plano Real a privatizações: as diferenças econômicas de Lula e Alckmin

Agora no PSB e com elogios à política fiscal de Lula, Alckmin têm histórico de pensamentos divergentes do ex-presidente quando o assunto é economia

Por Victor Irajá Atualizado em 23 mar 2022, 23h16 - Publicado em 23 mar 2022, 14h29

Recém-filiado com pompa no PSB — inclusive com elogios à política econômica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — Geraldo Alckmin tem um passado divergente do petista no campo da economia. Apontado como possível vice na chapa do petista, Alckmin concorreu pelo PSDB nas últimas eleições presidenciais. Ele tinha como assessor econômico o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Persio Arida. Este é considerado um dos pais do Plano Real, e fazia parte da equipe de Fernando Henrique Cardoso quando ministro da Fazenda do presidente Itamar Franco. Na década de 1990, o plano econômico era um dos focos centrais da crítica do petismo. “O povo tem que aprender que ninguém pode viver de fantasia o tempo inteiro”, disse Lula, na campanha de 1998. “Não há o que comemorar. O Brasil está à beira do caos com essa política econômica. É essa a estabilidade monetária, que causa instabilidade social”, bradou.

Lula e Alckmin passaram anos representando diferentes pontos do pensamento econômico, um dos motivos, aliás, que surpreendeu muitos aliados do tucano quando começou-se a especular sobre sua entrada no time de Lula em 2022. O programa de governo de Alckmin para 2018 era claro em torno de propostas de cunho liberal, um tom bem diferente do que defende o petismo. “Privatizar empresas estatais, de maneira criteriosa, para liberar recursos para fins socialmente mais úteis e aumentar a eficiência da economia”, dissertava um dos pontos. “Simplificar o sistema tributário pela substituição de cinco impostos e contribuições por um único tributo: o Imposto sobre Valor Agregado”, sinalizava outra orientação, a favor de uma reforma tributária.

A escolha de Alckmin, dizem pessoas próximas ao petista, envolve um aceno ao mercado de que, se eleito, Lula não será um presidente irresponsável economicamente. Esses aliados entendem, porém, que a sinalização, por ora, deve restringir-se ao campo da política — sem que Lula indique nos próximos meses os responsáveis pela administração econômica do país, por exemplo. Ao olhar a carreira dos dois medalhões políticos, as divergências indicam um choque de pensamento econômico. A ver se caminharão mesmo a um equilíbrio.

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