Madri, 5 ago (EFE).- O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, assegura que, embora a Espanha peça finalmente ajuda ao fundo de resgate europeu, não haverá novos ajustes, porque com os quais o Governo aprovou ‘será suficiente’ para cumprir a redução do déficit.
Em entrevista publicada neste domingo no jornal ‘ABC’, De Guindos também anuncia que no dia 24 de agosto o Governo aprovará um decreto no qual se desenvolverá o chamado ‘banco podre’ para ativos tóxicos, haverá mudanças no fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB) e se abordará uma reforma para evitar ‘abusos’ por parte das entidades financeiras.
Sobre a ajuda que se pode reivindicar aos fundos de resgate europeus, De Guindos admite que não sabe como vai instrumentar todo este procedimento.
Por isso a Espanha vai esperar os detalhes e atuará ‘com prudência’ diante da oferta do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de comprar dívida dos países em apuros se estes pedirem a citada ajuda também para a compra de bônus soberanos.
O titular de Economia explica neste sentido que Draghi mandou ‘dois sinais muito claros’: que as diferenças no custo de financiamento entre os países do euro não são aceitáveis e que está decidido a intervir no mercado de dívida, através de fórmulas que vão se concretizar nas próximas semanas. EFE