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De forma inédita, BC monta três cenários para a meta fiscal

Chefe do Departamento Econômico tem três contas para o ano, que considera um superávit primário entre 1,95% do PIB a 2,3%

Por Da Redação
28 jun 2013, 18h10

Um dia depois de bater enfaticamente na posição de que manteria os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para as contas públicas de 2013, o Banco Central (BC) decidiu apresentar, de forma inédita, três cenários para o setor fiscal no final do ano. A autarquia mostra que seu cenário central contempla uma avaliação idêntica à do Ministério da Fazenda, de fazer economia para pagar juros proporcionais a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), mas também apresenta projeções que consideram um superávit inferior a 2% do PIB.

O primeiro cenário descrito pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, contempla o cumprimento da meta cheia de 155,9 bilhões de reais (cerca de 3,2% do PIB), o que está praticamente descartado pelo governo, já que a própria LDO considera o abatimento de até 65 bilhões desse total. Por esse cenário, a projeção para a dívida líquida em relação ao PIB ficaria em 33,7%; a dívida bruta em relação ao PIB, em 59,7%; e o resultado nominal ante o PIB em 1,5%, além de 4,7% de despesas com juros.

O técnico explicou que o cenário central da instituição passa a ser o de o governo fazer uma economia de 2,3% do PIB para o pagamento de juros este ano, assim como adiantou o ministro Guido Mantega. Com esse parâmetro, a projeção para dívida líquida é de 34,6%; para a dívida bruta, de 60,2%; e para o déficit nominal, de 2,4%.

Leia ainda: Superávit primário cai 26% no acumulado do ano, informa BC

Na véspera, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton de Araújo, salientou que ainda considerava a meta de superávit fiscal de 155,9 bilhões de reais este ano. “Consideramos esse valor e os abatimentos. O mesmo vale para 2014”, disse. Ele afirmou que, conforme for obtendo novas e melhores informações, o BC as acrescentará ao seu cenário. Sem citar a Fazenda, Hamilton disse que as autoridades fiscais têm manifestado compromisso com o cumprimento fiscal equivalente a 2,3% do PIB. “Essas declarações são positivas, encorajadoras.”

Ousadia – Além do cenário convencional e central, Maciel apresentou as projeções para o final do ano baseadas em um superávit primário de 1,95% do PIB. A relação tem como referência a taxa acumulada em 12 meses até maio, dado que foi divulgado nesta manhã pelo BC. Se esse quadro prevalecer no fim de 2013, a dívida líquida deve ficar em 34,9% do PIB; a dívida bruta chegará em 60,4% do PIB e o déficit nominal em 2,7% do PIB. Em todos os casos, o BC considerou um crescimento do PIB de 2,7% no ano, que constou do Relatório Trimestral de Inflação divulgado na véspera. As demais variáveis são da última pesquisa Focus: dólar cotdo a 2,13 reais no fim do ano, IPCA de 5,86%, IGP-DI de 4,72% e Selic média de 8,19% ao ano.

Leia também:

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BC reduz projeção de alta do PIB para 2,7% em 2013

(com Estadão Conteúdo)

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