Dados positivos ajudam Bovespa a encostar em 60 mil pontos

Alta de 1,5% das vendas no varejo no Brasil animou os investidores; Ibovespa fecha com valorização de 2,16%

Por Da Redação
16 ago 2012, 19h35

Ausência de notícia negativa no exterior também ajudou o Ibovespa nesta quinta-feira (Yasuyoshi Chiba/AFP/VEJA)

O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encostou nesta quinta-feira nos 60 mil pontos e retornou a patamares de três meses atrás.

O indicador chegou ao fim do pregão com valorização de 2,16%, aos 59.445,79 pontos – mesma pontuação de 11 de maio (59.445,21 pontos). Com isso, o ganho no mês chegou a 5,97% e, no ano, a 4,74%. Na semana, a alta é de 0,28%. Caso este cenário se repita nesta sexta-feira, será a quarta semana seguida de valorização do índice. O giro financeiro somou 6,52 bilhões de reais.

O otimismo atingiu, principalmente, as ações da Petrobras, Vale e os setores de siderurgia e construção. Indicadores domésticos bons, expectativa de que a Espanha se prepara para pedir um pacote de ajuda e dados mistos nos Estados Unidos deram o tom dos negócios.

No Brasil, pela manhã, o IBGE informou que as vendas do comércio varejista restrito subiram 1,5% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima das estimativas de mercado, que iam de uma queda de 1,50% a uma alta de 0,75%. Na comparação com junho de 2011, a expansão das vendas foi de 9,5%.

“O resultado animou os investidores, que estão ávidos por notícias positivas. Como não teve nada negativo lá fora, o investidor focou o mercado doméstico, buscando superar os 60 mil pontos”, disse um operador.

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Blue chips – As ações ordinárias da Petrobras fecharam com valorização de 2,09% e as preferenciais, com 1,95%, em linha com o comportamento do petróleo no exterior. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em setembro encerrou com ganho de 1,35%, a 95,60 dólares o barril.

Já a Vale ON avançou 1,38% e a PNA, +1,18%. Os contratos futuros dos metais básicos fecharam em alta na sua maioria na London Metal Exchange (LME). Entre as siderúrgicas, Gerdau PN subiu 2,72%, Gerdau Metalúrgica PN (+2,18%), Usiminas PNA (+2,55%) e CSN ON (+4,06%).

Entre as empresas do setor de construção, PDG ganhou 10,29%, Gafisa subiu 5,80% e MRV registrou acréscimo de 5,48% – todas figuraram entre os destaques de alta do Ibovespa.

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Já o lado negativo foi comandado apenas por três empresas: Ultrapar, Cosan e Vivo, aliás, as únicas de toda a carteira Ibovespa que fecharam em queda.

Na Europa, circularam rumores de que a Espanha se prepara para pedir um pacote de ajuda e de que o Banco Central Europeu (BCE) retomará, consequentemente, as compras de títulos soberanos da zona do euro a fim de reduzir os custos de financiamento da região. Isso impulsionou os mercados internacionais nesta quinta-feira.

Nos Estados Unidos, a alta acima do esperado nas permissões para novas construções de moradias, para o maior nível desde agosto de 2008, foi positiva. Contudo, o número de obras de imóveis residenciais iniciadas caiu 1,1% no mês passado. A queda foi maior que o declínio de 0,5% esperado pelos economistas.

Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com avanço de 0,65%, S&P 500 subiu 0,71% e o Nasdaq, +1,04%.

(Com Agência Estado)