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Dados de emprego nos EUA alteram a curva do câmbio e dólar volta a cair

Moeda ultrapassou a marca de R$ 4,90 na quinta-feira, mas voltou a aprofundar as perdas com mercado de trabalho americano menos aquecido

Por Luana Zanobia Atualizado em 4 ago 2023, 12h01 - Publicado em 4 ago 2023, 11h22

A combinação da redução da taxa de juros no Brasil com o cenário global de aversão ao risco provocou a alta do dólar, ultrapassando a marca de R$ 4,90 — fato que não ocorria havia quase um mês. Na quinta-feira 3, a moeda americana encerrou com uma valorização de 1,96%, chegando aos R$ 4,90. Já nesta sexta-feira, 4, o cenário se inverteu e a moeda opera em queda de 0,7% por volta das 11h. O movimento foi revertido após a divulgação dos dados de emprego de julho nos Estados Unidos, conhecidos como payroll, que veio abaixo das expectativas. 

Os Estados Unidos geraram 187 mil empregos no mês, um pouco abaixo da estimativa do mercado, sendo essa a primeira vez desde janeiro de 2021 que a criação de empregos ficou abaixo de 200 mil. “Diante dos indicadores do mercado de trabalho nos EUA apontando para um cenário de desinflação e os dados econômicos na Europa ainda em dificuldades, o real pode ganhar força, uma vez que esses países devem frear o aumento das taxas de juros para estimular suas economias”, analisa Diego Costa, chefe de câmbio da B&T.

A tendência de alta do câmbio por aqui, vista nos últimos dias, se relaciona ao anúncio do Banco Central de novas quedas de mesma magnitude na Selic. Com isso, os investimentos no Brasil ficam menos atraentes em comparação aos Estados Unidos, onde a taxa de juros se encontra entre 5,25% e 5,50% ao ano — o maior patamar em 22 anos — com possibilidade de nova elevação até o final do ano. “A recente desvalorização do real é reflexo da diminuição do prêmio em relação a outras moedas e da busca por proteção após os dados americanos”, esclarece Costa, da B&T Câmbio. Ele acrescenta que o recente rebaixamento na classificação de crédito dos EUA pela agência Fitch motivou os investidores a adotar posturas mais cautelosas, resultando em um desempenho estável do Ibovespa. Na semana, a moeda teve um incremento de 3,53% e 3,58% no mês. Apesar da valorização recente, o dólar ainda apresenta desvalorização de 7,20% no acumulado do ano.

Contudo, o crescimento do emprego abaixo das expectativas nos EUA em julho pode influenciar positivamente as perspectivas dos investidores em relação ao Brasil. Após a divulgação dos dados de empregos nos EUA, as bolsas americanas apresentaram alta, enquanto o Ibovespa continuou registrando queda, refletindo os resultados desfavoráveis da Petrobras e do Bradesco.

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