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Custo da dívida espanhola sobe; premiê descarta resgate

Por Da Redação
28 Maio 2012, 11h39

Por Julien Toyer e Sarah White

MADRI, 28 Mai (Reuters) – Os yields da dívida espanhola saltaram e as ações do Bankia SA, quarta maior instituição financeira da Espanha, desabaram nesta segunda-feira em reação a um plano para revitalizar o banco.

Fontes governamentais disseram à Reuters que a Espanha pode recapitalizar o Bankia com papéis soberanos em troca de ações no banco, e poderia usar esse método para sustentar outros credores com problemas -medidas que elevariam as dívidas do país acima dos 79,8 por cento de produção econômica esperada para este ano.

“Este método foi usado por Alemanha e Irlanda no passado, é perfeitamente válido”, disse uma fonte do governo à Reuters.

A fonte explicou que o Banco Central Europeu (BCE) não havia sido especificamente informado sobre os planos de injetar títulos estatais no Bankia.

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O primeiro-ministro, Mariano Rajoy, disse que ainda não há decisão tomada. “Não haverá nenhum resgate (europeu) para o sistema bancário espanhol”, completou Rajoy, antes de apoiar os pedidos para que o fundo de resgate da zona do euro, que será ativado a partir de julho, possa emprestar diretamente aos bancos.

Ele afirmou que o custo de empréstimos da Espanha cresceu por conta de temores sobre o futuro da zona do euro. Mas descartou novamente buscar ajuda externa para revitalizar o sistema financeiro.

“Existem importantes dúvidas sobre a zona do euro e isso torna os prêmios de risco para alguns países muito altos. É por isso que seria ideia muito boa dar uma mensagem clara de que não haverá retrocesso na zona do euro”, disse Rajoy em entrevista à imprensa.

A controladora do Bankia, BFA, pediu 19 bilhões de euros (23,8 bilhões de dólares) em ajuda do governo, além de 4,5 bilhões que o estado já colocou para cobrir possíveis perdas em empréstimos e investimentos.

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Investidores acreditam cada vez mais que bancos fragilizados, prejudicados pelo colapso há quatro anos de um boom imobiliário, aliado com regiões endividadas, podem forçar a Espanha a buscar um resgate internacional, o que a zona do euro pode não suportar.

O prêmio que os investidores exigem para deter títulos do governo espanhol mostra falta de confiança nos esforços de Madri para estabilizar suas finanças e bancos.

Depois de caírem para cerca de 4,7 por cento neste ano, os custos de empréstimo de 10 anos estão agora se aproximando de 6,5 por cento e perto do nível de 7 por cento considerado insustentável.

(Reportagem adicional de Jesus Aguado)

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