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Criação de postos de trabalho permanece concentrada, diz IBGE

Pequeno número de empresas consideradas de alto crescimento detém a maioria das vagas de emprego no Brasil

Por Da Redação
18 nov 2013, 11h29

A criação de postos de trabalho no Brasil ainda está concentrada em um pequeno número de companhias, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2011, as empresas consideradas de alto crescimento (EAC) – que possuem dez ou mais assalariados e que cresceram ao menos 20% nos três anos anteriores – correspondiam a apenas 0,8% do total das companhias ativas no Brasil. Elas eram responsáveis por 15,4% da massa de assalariados e 14,4% dos salários pagos aos trabalhadores brasileiros, apontou nesta segunda-feir o estudo Estatísticas de Empreendedorismo 2011. Estas empresas foram responsáveis pela criação de 3,2 milhões de postos, que correspondem a 56% dos empregos criados por empresas.

No entanto, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) afetou a capacidade de empreender do empresário brasileiro, e a criação de emprego perdeu fôlego. A taxa de crescimento do pessoal ocupado assalariado nas empresas empreendedoras passou de 37,0% em 2010 para 29,1% em 2011.

“A gente tem uma desaceleração quase geral nos indicadores dessa pesquisa de 2010 para 2011, mas isso reflete um pouco o período”, explicou Cristiano Santos, responsável pela pesquisa. “Num momento em que há desaceleração no crescimento do PIB, existe um ambiente um pouco menos propício, uma condição econômica um pouco menos propícia, fica mais difícil de as empresas empregarem no mesmo volume, que é muito alto”.

No período, as empresas de alto crescimento reduziram ainda sua participação no número de empresas com empregados assalariados, na proporção de pessoal ocupado e no montante de salários pagos. Em 2011, o Brasil possuía 34.528 empresas de alto crescimento (EAC), com 5 milhões de empregados assalariados, que receberam 95,4 bilhões de reais em salários e outras remunerações. Embora tenha havido um aumento de 3,6% no número dessas empresas em relação ao ano anterior, elas representavam apenas 1,5% das companhias com pelo menos um assalariado em 2011, contra uma fatia de 1,6% registrada em 2010. Entre 2008 e 2011, as EAC aumentaram seu pessoal assalariado em cerca de 170%.

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Houve aumento de 0,8% no número de funcionários, mas, a proporção no total de assalariados do país caiu de 16,2% em 2010 para 15,4% em 2011. Já a massa de salários pagos cresceu 8,1% em relação a 2010. Porém, a participação no pagamento total de remunerações caiu de 15,6% naquele ano para 14,4% em 2011. Entre 2008 e 2011, foram criados 3,2 milhões de postos de trabalho assalariado pelas EAC.

As empresas de alto crescimento são consideradas empreendedoras por terem aumentado o número de funcionários assalariados, em média, 20% ao ano – em um período de três anos. O estudo separa ainda as empresas classificadas como de alto crescimento orgânico, as que registraram um aumento efetivo de pessoal ocupado por meio de contratações e não por fusões ou incorporações de outras companhias. As de alto crescimento orgânico representaram apenas 1,5% das empresas com pelo menos um assalariado no país, mas foram responsáveis pela criação de quase metade, 48,5%, dos postos de trabalho em 2011.

Mulheres – Em 2011, 32,7% dos assalariados em Empresas de Alto Crescimento orgânico eram mulheres, mas essa participação feminina foi inferior à das empresas ativas com dez ou mais assalariados (34,9%). Destacam-se os setores de Saúde humana e serviços sociais (73,8%) e Educação (64,5%). Já os setores com menos mulheres ocupadas foram: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (15,8%), Indústrias extrativas (11,3%) e Construção (7,6%). Cerca de 8,4% dos assalariados das empresas de alto crescimento orgânico tinham ensino superior completo, percentual inferior ao das empresas com dez ou mais assalariados (11%).

Produtividade – Em 2011, a produtividade média do trabalho de uma EAC orgânico era 19,7% menor que a de uma empresa ativa com dez ou mais assalariados. Em relação às empresas ativas com um ou mais assalariados, as EAC orgânico tiveram, em 2011, uma produtividade 23% inferior.

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(com Estadão Conteúdo)

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