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Credores da Gol incluem Boeing, Localiza, bancos, aeroportos e governo

Dívida da companhia, que pediu recuperação judicial nos EUA na quinta-feira, é superior a R$ 4,9 bilhões, de acordo com formulário protocolado

Por Juliana Elias Atualizado em 26 jan 2024, 21h05 - Publicado em 26 jan 2024, 21h01

Fabricantes de aviões, como a Boeing, fornecedoras de combustível, caso da Vibra, outras companhias aéreas, como KLM e Delta Airlines, e diversos aeroportos brasileiros, além de bancos nacionais e internacionais, estão entre os maiores credores da dívida bilionária que a Gol se prepara para reestruturar. A companhia brasileira entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos na quinta-feira, 25.

Apresentar a lista com os 30 maiores credores, bem como do tamanho da dívida em aberto com cada um deles, é uma das exigências feitas pela Justiça americana para que as empresas possam seguir com o seu processo de reestruturação financeira sob as proteções da Lei de Falências do país. Ela consta do formulário protocolado pela Gol na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York na quinta-feira. O pedido da companhia foi aceito nesta sexta-feira pelo tribunal dos EUA, o que passa a impedir que as empresas e pessoas a quem a companhia deve peçam o bloqueio ou confisco de seus bens.

O valor exato do tamanho da dívida a ser negociada ainda não foi divulgado, mas, de acordo com os dados informados no documento, a Gol declara que está na faixa de 1 bilhão a 10 bilhões de dólares, o que significa que é de, pelo menos, 4,9 bilhões de reais, aproximadamente, mas pode chegar a 49 bilhões, na moeda brasileira. Para se ter uma ideia, a dívida levada pela Americanas em sua recuperação judicial no ano passado, que foi uma das maiores do Brasil, era de 40 bilhões de reais. A Gol também informou na ficha de cadastro que tem entre 50 000 e 100 000 credores.

O maior credor da companhia é o banco norte-americano BNY Mellon (The Bank of New York Mellon) que, apenas por uma das várias dívidas abertas com a brasileira (há mais de uma na lista), tem 353,8 milhões de dólares a receber dela, o equivalente a cerca de 1,7 bilhão de reais.

Não há detalhes do destino dos empréstimos feitos junto aos bancos, mas o financiamento de leasing – ou aluguéis – de aeronaves é uma das modalidades com que os maiores trabalham, e um dos principais custos operacionais das companhias aéreas. Banco do Brasil, com uma dívida de 1,8 milhão de dólares, é outro que está na lista.

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O segundo maior credor da Gol é o Comando da Aeronáutica, o órgão que comanda as Forças Aéreas Brasileiras e que tem 222,5 milhões de dólares a receber da Gol. A Vibra Energia, empresa que distribui os combustíveis da Petrobras para aviação no Brasil, é a quarta da lista, com uma dívida de 91,5 milhões de dólares.

Entre outros órgãos do governo com dívidas não pagas da companhia aérea estão a Infraero, que recebe as taxas dos aeroportos públicos e tem 15 milhões de dólares em atrasos da Gol, e o Ministério da Fazenda, com uma conta de 7,4 milhões de dólares em atraso. Concessionárias de outros aeroportos brasileiros, como os do Galeão, no Rio de Janeiro, de Brasília e de Florianópolis, também têm contas a receber.

Prestadoras de serviços, como a locadora de veículos Localiza e a agência de publicidade Almap BBDO, são outras que aparecem na lista.

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