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Crédito baixo freou desempenho do PIB de SP no 1º tri

Por Da Redação
4 jul 2012, 16h18

Por Beatriz Bulla

São Paulo – A queda na concessão de crédito por parte dos bancos, assim como a redução na procura, foram os principais fatores que seguraram o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo do primeiro trimestre de 2012, que teve alta de 0,6% ante o trimestre anterior, segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgou nesta quarta-feira.

“Os serviços puxaram um pouco o resultado de São Paulo para baixo porque é um grupo muito significativo. A contribuição negativa das instituições financeiras se deu por conta da cautela em relação ao crédito”, disse o chefe da divisão de estudos econômicos da Seade, Vagner Bessa, ao destacar que o grupo Serviços cresceu 0,3% na mesma base de comparação, puxado pela alta no comércio (3,3%) e nos transportes (3,0%).

Segundo a Seade, o setor de Serviços tem peso de 69,3% no resultado do PIB paulista, sendo que o setor financeiro faz parte do subgrupo “Demais Serviços” que representa 35,2% do grupo Serviços. Na comparação do primeiro trimestre com o anterior, o subgrupo “Demais Serviços” registrou queda de 0,3%.

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De acordo com Bessa, a continuidade da queda da taxa Selic pode ter um impacto positivo na economia no segundo semestre. Mas ele pondera que é necessário analisar o cenário internacional, que tem muita importância na economia paulista.”A gente tem uma pauta aqui diferente da brasileira. Produtos industrializados em São Paulo dependem dos países desenvolvidos e o ritmo de crescimento desses países é muito importante”, disse Bessa, referindo-se às exportações paulistas.

No acumulado de 12 meses até março de 2012, o PIB estadual cresceu 2,3%, sendo que no mesmo período de 2011, o crescimento foi de 5,9%. No acumulado dos 12 meses, o resultado do PIB nacional ficou em 1,9%.

Em valores correntes, o PIB paulista chegou a R$ 330,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Deste montante, R$ 2,9 bilhões vieram da agropecuária, R$ 199,6 bilhões do setor de serviços e R$ 76,5 bilhões da indústria. Os impostos correspondem a R$ 51,4 bilhões do total.

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Desempenho da Indústria

Na comparação com o último trimestre de 2011, a indústria de São Paulo teve crescimento de 1,1% no primeiro trimestre deste ano. O resultado foi impulsionado principalmente pela alta de 1,0% na indústria de transformação. “A indústria mostrou capacidade de recuperação depois de três trimestres de crescimento negativo”, explicou Bessa. Entre os subgrupos, a influência positiva ficou por conta dos alimentos (5,3%), do refino de petróleo e álcool (5,4%), dos produtos de metal (5,7%) e da farmacêutica (4,8%). A pressão negativa na indústria de transformação foi exercida pelos veículos automotores (-10%).

Na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, entretanto, a indústria mostrou retração de 3,8% nos três primeiros meses de 2012. O resultado também foi consequência da indústria de transformação, que caiu 6,1%. “No primeiro trimestre de 2011, o nível de atividade econômica do Estado de São Paulo estava muito alto. Ainda que a atividade tenha se recuperado, não consegue se recuperar no mesmo nível de 2011”, disse Bessa.

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