Cosan perde 15 mil toneladas de açúcar com incêndio no porto de Santos
Cerca de cem funcionários trabalhavam no terminal da empresa no momento do acidente
Um incêndio de grandes proporções atingiu no domingo armazém de açúcar no porto de Santos operados pela Rumo Logística, do grupo Cosan. O fogo, que já foi totalmente controlado pelo Corpo de Bombeiros, queimou cerca de 15 mil toneladas de açúcar que estavam estocadas no armazém X, do Terminal 19. O armazém tinha capacidade para 18 mil toneladas. A capacidade total de estocagem da Rumo em Santos é de 500 mil toneladas, informou a companhia.
Segundo o sargento Rodrigues dos Santos, uma dúzia de caminhões do corpo de bombeiros foi deslocada para o local após o início do fogo no terminal de açúcar na tarde de domingo.
“A Rumo, empresa logística da Cosan, registrou um foco de incêndio no Armazém X. No momento, cerca de cem funcionários trabalhavam no local. Todos os esforços da empresa foram para garantir a segurança dos funcionários e terceiros no local”, informou a empresa em nota.
A perda do açúcar nos armazéns da Rumo, que tem capacidade para 500 mil toneladas, deverá causar danos às exportações do terminal da empresa, com a interrupção do carregamento de navios no curto prazo. O terminal tinha capacidade para exportar 12 milhões de toneladas de açúcar ao ano. Na manhã desta segunda-feira, contratos de açúcar com vencimento em outubro na bolsa de Nova York chegaram a registrar alta de 5,6%. O Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, está no meio da safra de cana do Centro-Sul, que deverá produzir entre 32 milhões e 34 milhões de toneladas de açúcar, levemente abaixo das estimativas iniciais devido ao impacto da seca.
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Copersucar – Em outubro de 2013, um incêndio causou grandes estragos no terminal de exportação da Copersucar, maior comercializadora de açúcar do mundo. O acidente elevou rapidamente os preços dos contratos futuros da commodity em 6% e fez com que a empresa emitisse um comunicado de força maior a seus clientes. O terminal da Copersucar, que ainda recebe reparos pelo incêndio de outubro, fica próximo aos armazéns da Rumo.
(Com agência Reuters)