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Correios: ‘grevistas não falam sobre real motivo da paralisação’

Pelas regras atuais, além do funcionário, cônjuge e filhos, também são cobertos pelo plano de saúde pais e mães de colaboradores

Por Da redação
Atualizado em 12 mar 2018, 14h49 - Publicado em 12 mar 2018, 14h29

Os Correios divulgaram nota hoje afirmando que o movimento grevista não fala sobre o real motivo da paralisação. Segundo a empresa, o que está por trás da greve iniciada ontem é o custeio do plano de saúde dos funcionários.

Pelos cálculos da estatal, o gasto anual com plano de saúde atinge 1,8 bilhão de reais por ano, o que corresponde a 10% do faturamento dos Correios.

“Com o objetivo de ganhar a opinião pública, as representações dos trabalhadores divulgaram uma extensa pauta de reivindicações que nada têm a ver com o verdadeiro motivo da paralisação de hoje: a mudança na forma de custeio do plano de saúde da categoria”, dizem os Correios.

Pelas regras atuais, além do funcionário, cônjuge e filhos, também são cobertos pelo plano de saúde pais e mães de colaboradores. Nenhum deles paga mensalidade para ter direito à cobertura de saúde. Proposta apresentada no ano passado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) previa a criação de uma cobrança mensal de 5,21% a 7,82% da remuneração bruta, dependendo do salário ou aposentadoria. Hoje, há uma coparticipação de 7%. A proposta do TST previa elevar a coparticipação para de 15% (exames) a 30% (exames).

“No momento, a empresa aguarda uma decisão por parte daquele tribunal. A audiência está marcada para a tarde de hoje”, informam os Correios sobre a questão do plano de saúde.

Para a empresa, a greve é injustificada e ilegal, “pois não houve descumprimento de qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho da categoria”.

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Em notas, a estatal diz que a crise financeira que atravessa é “fruto da queda expressiva do volume de correspondências, objeto de monopólio, e da falta de investimentos em novos negócios, nos últimos anos, que garantissem não só a competitividade, mas também a sustentabilidade da empresa”. “Estes, dentre outros fatores, vêm repercutindo nas contas dos Correios e, neste momento, um movimento dessa natureza serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada da estatal e, consequentemente, de seus empregados.”

Segundo os Correios, a greve ainda não atinge os serviços de atendimento. “Até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis.”

A empresa diz que 87,15% do efetivo total dos Correios no Brasil está presente e trabalhando — o que corresponde a 92.212 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.

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Em nota de 2017, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) dizia que o ‘plano de saúde podia ser o bode expiatório para mascarar denúncias’. “É preocupante a falta de transparência, como no caso do plano de saúde da categoria, que está em processo de julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e, ainda hoje, as representações dos trabalhadores não tiveram acesso aos números reais da operadora”, afirmou a entidade.

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