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Copom faz 2º corte de 0,5 e Selic vai para 12,75%

Apesar da redução na taxa de juros, o Banco Central afirma que a conjuntura atual ainda demanda serenidade e moderação na condução da política monetária

Por Luana Zanobia Atualizado em 20 set 2023, 20h30 - Publicado em 20 set 2023, 18h48

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu em 0,5 ponto percentual pela segunda vez consecutiva a taxa de juros, a Selic, fixando no patamar de 12,75%, em linha com o consenso do mercado.

Em comunicado, o Copom afirma que o ambiente externo mostra-se mais incerto, com a continuidade do processo de desinflação, a despeito de núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas. O Comitê notou a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes”, diz o comunicado. Em relação ao cenário doméstico, o banco observa maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado, mas o Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.

Com relação à inflação, o banco observa uma elevação da inflação cheia ao consumidor acumulada em doze meses no período recente. “As medidas mais recentes de inflação subjacente apresentaram queda, mas ainda se situam acima da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,9%, 3,9% e 3,5%, respectivamente”, diz. Segundo a autarquia, a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. “O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.”

Na última ata, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, reforçou um tom de cautela no início do processo de redução da taxa básica de juros. O principal alerta de cuidado está no ambiente externo e nas pressões para a inflação vindas de fora. Com o ambiente externo, que “se mostra incerto”, apesar da desinflação observada, com núcleos de inflação ainda elevados, desaceleração gradual da atividade e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países.

Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo fundamental da política monetária do Banco Central — e esse era o maior argumento pelos juros em 13,75%. A estabilidade dos preços preserva o valor da moeda e mantém o poder de compra. E é justamente a curva descendente da inflação que pesou para a decisão do corte. 

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