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Copom deve cortar Selic em meio ponto pela terceira vez consecutiva

Com aumento da preocupação fiscal, expectativa se volta ao comunicado e sinais sobre a política monetária para 2024

Por Larissa Quintino Atualizado em 1 nov 2023, 08h37 - Publicado em 1 nov 2023, 08h29

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve voltar a reduzir a taxa básica de juros em meio ponto percentual nesta quarta-feira, 1º. Caso a redução se confirme, a Selic vai a 12,25% ao ano, a menor desde março de 2022. A aposta do mercado é de que não haja surpresas no anúncio, mas há expectativa para o tom do comunicado, devido ao aumento da preocupação com a política fiscal brasileira.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “dificilmente” o Brasil cumpriria a meta fiscal de zerar o déficit em 2024. A declaração do presidente não foi bem recebida por agentes do mercado, Congresso e nem no Ministério da Fazenda. No início da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há alteração na meta, porém há sinalizações dentro do governo para a alterar para um déficit de até 0,5% do PIB.

A grande pergunta que fica é sobre o tom da reunião, especialmente depois dos eventos recentes como a fala do presidente Lula e da coletiva do Haddad. Particularmente, acredito que o board focará em comunicar a intensidade dos cortes para as próximas reuniões com algum aviso sobre a situação fiscal no Brasil”, afirma Jadye Lima, economista na WIT Invest.

A aposta do corte de meio ponto na reunião se deve a uma composição benigna da inflação, com núcleos controlados, mesmo que o cenário externo não seja o mais favorável. A prévia da inflação de outubro foi de 0,21%, com deflação no preço dos alimentos e dos combustíveis. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,05%, ainda acima do teto da meta de 4,75% no ano. A projeção do Boletim Focus é que a inflação encerre o ano em 4,63%, dentro da meta.

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“A piora do cenário externo não deve alterar o ritmo de queda da taxa básica de juros no curto prazo, considerando o processo de desinflação que vem ocorrendo na economia brasileira”, afirma Fernando Honorato, coordenador do grupo consultivo macroeconômico da Anbima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro).

Além da decisão dos juros no Brasil, o Federal Reserve Bank, o banco central dos Estados Unidos, também anuncia sua decisão de juros por lá. A expectativa é de uma manutenção da taxa no intervalo entre entre 5,25% e 5,5% ao ano. Os dados mais recentes dos EUA mostram resiliência da economia americana, com mercado de trabalho forte e crescimento do PIB. Em contrapartida, a inflação ao consumidor mostrou desaceleração em setembro. “O presidente do FED deverá optar por manter o ciclo de aperto dos juros em aberto, condicionando um novo aumento à evolução dos dados, em especial, de inflação”, afirma Luciano Costa, economista chefe da Monte Bravo Corretora. 

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