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Copa do Mundo: qual moeda levar para gastar na Rússia?

Com o IOF de 6,38% que incide a cada operação com cartão de crédito, o melhor é levar dinheiro vivo na viagem

Por Tatiana Babadobulos
8 Maio 2018, 17h49

O planejamento da viagem para assistir aos jogos da Copa do Mundo na Rússia, que começa no dia 14 de junho, envolve não apenas a compra dos ingressos dos jogos, a reserva da passagem aérea e do hotel nas cidades-sede. É preciso ser criterioso na escolha da moeda a levar. Especialistas ouvidos por VEJA recomendam que o torcedor não carregue apenas o rublo russo, mas também uma moeda forte, como o dólar.

Para os gastos do dia a dia, é importante ter dinheiro vivo, recomenda o economista André Massaro, autor do livro Money Fit (Matrix Editora). “O cartão de crédito não é recomendado, pois o IOF encarece a transação”, diz ele sobre a taxa de 6,38% que incide a cada operação financeira feita no exterior com o cartão. “Isso não significa que a pessoa não deva levar o cartão, mas ele vai servir apenas para emergências”, explica.

Massaro recomenda que o torcedor dê preferência para o dólar, em detrimento do euro ou do real. “O spread do dólar é mais baixo”, diz. Spread é a diferença entre o valor de compra e o de venda da moeda. Ele diz é melhor levar dólar e trocar pelo rublo na Rússia à medida que for precisando. “Pode ser muito ruim ter de voltar com rublo para o Brasil e aqui ter de vender a qualquer preço”, afirma.

O coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, explica que, depois de fazer o planejamento financeiro da viagem, o ideal é levar uma parte em rublo e a maior parte, em uma moeda forte, como o dólar. “Se precisar voltar para o Brasil com o que sobrou, que seja em dólar, que dá para usar na próxima viagem. Se voltar com rublo, a perda na conversão é maior”, diz.

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Já Aldemar Nunes, diretor de Operações da Bee Câmbio, aconselha o torcedor a levar os rublos para não pagar spread duas vezes (do real para o dólar e do dólar para o rublo). “Não indico pagar as contas com dólar ou euro porque o troco de uma compra, por exemplo, será em rublo, e a conversão pode ser ruim”, explica. Ele conta que há máquinas em hotéis que trocam o dinheiro, assim, não é preciso enfrentar outro problema: o idioma.

Em comparação ao real, o rublo russo é desvalorizado. Um rublo custa 0,05 real (cotação aproximada de 7 de maio). Segundo Nunes, a média de gastos deve ser de 4.000 rublos por dia, sem contar a hospedagem. “Mas não sabemos como estará a economia durante a Copa”, explica.

Massaro diz que, com a internet, é possível fazer o orçamento da viagem antes de ir, inclusive ter ideia de cotação no local. Porém, ele lembra que é importante tomar cuidado ao andar com muito dinheiro na rua. Outra dica é escolher casas de câmbio oficiais para a troca de dinheiro. “Em um evento como a Copa do Mundo, que atrai milhares de turistas, vão aparecer pessoas querendo trocar dinheiro na rua. Se a operação for irrecusável, provavelmente tem algum problema”, alerta.

O professor também lembra a questão da segurança em locais com muitas pessoas. “Leve um pouco de dinheiro e o cartão para ser usado em emergências. Avise o banco que irá viajar, mas o cartão é bom do ponto de vista da segurança, mas não do financeiro”, conclui.

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