Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dólar sobe e fecha no patamar de R$ 3,55 pela 1ª vez em quase 2 anos

Alta foi influenciada por temores de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos

Por Reuters
Atualizado em 7 Maio 2018, 19h34 - Publicado em 7 Maio 2018, 18h12

O dólar voltou a subir nesta segunda-feira e fechou no patamar de 3,55 reais pela primeira vez em quase dois anos, influenciado pelo movimento externo em meio a temores de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos. A moeda americana avançou 0,82%, a 3,5528 reais na venda, maior nível desde 2 de junho de 2016 (3,5875 reais). Nas duas semanas anteriores, o dólar já havia acumulado valorização de 3,29%.

Na máxima dessa sessão, a moeda americana bateu 3,5598 reais. O dólar futuro tinha ganho de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.

“O dólar segue o mercado externo, e a perspectiva é que lá fora a moeda americana continue forte. O noticiário não foi suficiente para acalmar”, afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, referindo-se à decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre a política monetária e os dados mais fracos do mercado de trabalho americano, ambos na semana passada.

Continua após a publicidade

Os mercados globais continuavam temerosos que o Fed possa elevar mais os juros diante de sinais de atividade econômica mais forte e inflação. Taxas elevadas têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outros mercados financeiros, como o brasileiro.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e já havia batido o nível mais alto deste ano, com investidores apostando que o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos elevaria a moeda americana.

O dólar também subia ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como os pesos mexicano e chileno. Como pano de fundo, os investidores seguiram de olho no noticiário político local, a poucos meses das eleições presidenciais deste ano.

Continua após a publicidade

O BC vendeu pelo terceiro dia a oferta integral de até 8.900 mil contratos em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,335 bilhão de dólares do total de 5,650 bilhões de dólares que vencem em junho. Se mantiver e vender esse volume diário até o fim do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais.

“Mesmo que o dólar tenha ido para os níveis que levaram o BC a chamar um swap mais robusto, não vejo ele aumentando o volume. Enquanto não for a 3,60 reais, não vejo mais volume de swap”, comentou um profissional da mesa de derivativos de uma corretora local, referindo-se à atuação mais forte do BC no mercado de câmbio, iniciada na semana passada.

“Mesmo com a intervenção do Banco Central desde a semana passada, há uma consistência na alta que pode ser especulação ou o investidor se protegendo contra alguma surpresa que possa ocorrer no mercado”, explica o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo.

Continua após a publicidade

Para ele, as incertezas em relação à economia aliadas ao cenário internacional, com a briga comercial entre Estados Unidos e China, por exemplo, e a expectativa de aumento na taxa de juros nos EUA contribuem para que a moeda americana siga se valorizando. “No curto prazo a tendência é que o dólar siga em alta”, considera Galhardo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.