Contratações com carteira assinada aumentam, mas com salário mais enxuto
O Brasil registrou 136.189 vagas com carteira assinada no mês de março, mas houve decréscimo no salário
O saldo de desempregados, que gerou enorme preocupação durante a crise sanitária nos últimos dois anos, está diminuindo. O Brasil registrou 136.189 vagas com carteira assinada no mês de março, acumulando um saldo positivo de 615.173 postos de trabalho nos três primeiros meses do ano, de acordo com informações do Ministério do Trabalho, divulgadas nesta quinta-feira, 28.
O saldo de 136.189 postos de trabalho é resultado de 1.953.071 admissões e de 1.816.882 desligamentos. O setor de serviços foi o que mais contratou, acumulando um saldo de 111.513 postos, distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. A construção aparece em seguida, com a criação de 25.059 postos, e a indústria com 15.260 postos. A região com maior saldo de contratações foi a Sudeste, e a menor foi a Nordeste.
Apesar da retomada no mercado de trabalho, os salários continuam a encolher. O salário médio de admissão em março foi de 1.872,07 reais. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de 38,72 reais, uma variação negativa de 2,03%. Aliado a essa queda, a inflação no patamar de 11,30% no acumulado de doze meses é outro fenômeno que causa ainda maior aperto no orçamento das famílias.