Consumo das famílias desacelera no PIB do primeiro trimestre
Setor avança 1,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2018, porém registra o sexto resultado seguido de desaceleração e o menor desde o início de 2017
Importante setor dentro dos cálculos do PIB, o consumo das famílias, que vinha sustentando o crescimento da economia, perdeu força no primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, o avanço foi de 1,3% –o resultado é o sexto seguido de desaceleração e o menor desde o segundo trimestre de 2017–, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O consumo das famílias foi o pilar que sustentou o indicador no período. Poderia estar melhor, mas ainda temos uma taxa de desocupação alta e uma inflação que, mesmo controlada, ainda está num patamar elevado”, afirmou a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio.
A economia brasileira se mostrou estagnada nos primeiros três meses do governo do presidente Jair Bolsonaro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O PIB (Produto Interno Bruto) teve queda de 0,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o quarto trimestre de 2018, puxado pela retração na indústria e na agropecuária. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIB subiu 0,5%.
O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,1% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018 –uma alta tímida diante da queda dos 0,7% do resultado do trimestre anterior, segundo o IBGE.
Com relação aos investimentos, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 0,9% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. É o menor resultado desde o terceiro trimestre de 2017, quando teve queda de 0,9%.
Após a euforia causada pelo início do governo Bolsonaro, quando o otimismo pela mudança levou analistas a preverem um PIB em torno de 3% para o final de 2019, agora a expectativa é de um crescimento de apenas 1%, abaixo dos avanços de 2017 e de 2018. Alguns economistas, porém, já preveem crescimento inclusive abaixo desse número.