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Com racha em liderança, caminhoneiros mantêm greve

Categoria não concorda com acordo assinado pela confederação; apenas o Amazonas e Amapá estão sem interdições

Por Gilmara Santos
Atualizado em 25 Maio 2018, 12h12 - Publicado em 25 Maio 2018, 10h44

O acordo anunciado pelo governo na noite desta quinta-feira, 24, para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias não foi aceito pela categoria e um racha deixa o movimento sem uma liderança centralizada. Na reunião de ontem, os trabalhadores foram representados pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que concordou com a proposta do governo. Porém, sindicatos alegam que a entidade não respeitou o pleito dos profissionais e assinou a proposta mesmo contra a orientação dos sindicatos, que teriam ficado de fora da reunião, mas teriam apresentado as reivindicações para as lideranças.

“A CNTA assinou um acordo que não concordamos. Ela não nos representa”, diz o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Sul Fluminense, Francisco Wilde Bittencourt Ferreira. “O movimento continua e não vamos arredar o pé até que as nossas reivindicações sejam atendidas”, complementa.

Além da redução dos custos do combustível, a categoria pede uma política permanente de controle do preço do diesel, o fim da cobrança de pedágio para eixos suspensos e a aprovação do projeto de lei 528/2015, que define um valor mínimo para ser pago por cada frete, dando mais garantias de lucros aos motoristas.

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“Queremos o cumprimento da pauta, sem isso, vamos continuar parados”, diz o diretor do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ourinhos (SP), Ariovaldo Almeida Jr., ao afirmar que hoje o movimento não tem uma liderança centralizada e os sindicatos locais estão representando os trabalhadores.

Antes de levar ao racha da categoria, a negociação com o governo teve momentos de tensão com o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, abandonando o encontro antes do término e afirmando que a entidade mantém posição de manutenção da greve dos motoristas, mas que outras entidades da categoria aceitaram suspender temporariamente a paralisação.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 25, a CNTA disse disse que “as entidades presentes nas negociações jamais aceitaram as pressões para suspender a paralisação”. E afirma que o documento só foi assinado para garantir que o governo manteria aquelas propostas caso a categoria as aceitasse. “Nosso papel é o de levar as propostas da categoria para que cada grupo de manifestantes decida. Sabemos que nenhuma pessoa ou entidade tem, sozinha, o poder de acabar com essa mobilização e isso sempre foi deixado muito claro para o governo”, diz a nota da CNTA ao afirmar que o único compromisso assumido pela entidade foi de “apresentar as propostas à categoria que está mobilizada nas rodovias para que cada local decida se isso é suficiente para suspender o movimento ou de continuar”.

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A maioria dos profissionais optou por manter a paralisação e as interdições atingem 521 pontos na manhã desta sexta-feira e apenas os estados do Amazonas e Amapá seguem sem impedimentos.

 

 

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