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Com juro em queda, Valia mira concessões, ações e papéis privados

Por Da Redação
27 jan 2012, 14h33

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO, 26 Jan (Reuters) – A Valia pretende investir em projetos de infraestrutura, incluindo a participação em concessões que serão licitadas este ano, segundo um executivo do fundo de pensão da Vale.

“Podemos ter participação nas concessões de aeroportos, rodovias e projetos de energia elétrica”, disse à Reuters nesta quinta-feira o diretor-superintendente da Valia, Eustáquio Lott.

A medida faz parte do plano do fundo, o quinto maior do país com patrimônio de 14 bilhões de reais e 100 mil participantes, de elevar a fatia do portfólio em investimentos alternativos que ofereçam maior rentabilidade, já que os títulos do governo tendem a render menos com a taxa básica de juro (Selic) mais baixa.

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“Estamos fazendo uma mudança gradual, mas necessária”, disse Lott.

Nos últimos anos, os fundos de pensão tiveram dificuldades para cumprir a meta atuarial, rentabilidade mínima necessária para garantir o cumprimento de suas obrigações.

Isso porque, em meio às crises internacionais, os governos, inclusive o brasileiro, reduziram o juro básico (que serve de referência para rentabilidade de boa parte dos títulos públicos) para evitar uma recessão. Papéis do governo respondem por 40 por cento da carteira da Valia.

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Além disso, o fraco desempenho das bolsas também machucou os resultados das ações, que respondem por 24 por cento das aplicações da instituição.

Como resultado, em 2011 o fundo dos funcionários da Vale teve rentabilidade de 10,5 por cento, abaixo da meta de 12 por cento. Foi a segunda vez em quatro anos em que o resultado ficou abaixo da meta, repetindo o que acontecera em 2008.

De acordo com Lott, isso não chega a preocupar ainda, já que na média o fundo tem superado em muito a meta na última década. Entretanto, com a perspectiva de que os juros no Brasil sigam em queda nos próximos anos, a Valia vem diversificando a carteira.

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“Estamos mudando o curso do transatlântico”, disse.

A fatia em fundos de participações (FIPs), que inclui projetos de infraestrutura e participação em empresas fechadas, está hoje em 2,2 por cento do portfólio, e deve chegar a 6 por cento nos próximos anos.

Compõem essa carteira desde fundos de internacionalização de empresas brasileiras até outro para construção de plataformas de petróleo da Petrobras.

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Além da entrada mais firme em projetos de infraestrutura, sempre por meio de FIPs, a Valia também vai elevar a fatia de papéis privados na carteira de títulos de renda fixa. Hoje, os papéis de empresas representam 22 por cento do portfólio total.

“O crédito privado vai crescer”, disse Lott.

A Valia também considera elevar a fatia de renda variável em sua carteira, dos atuais 24 por cento, para até 30 por cento. Segundo o executivo, assim como em 2008, a queda das bolsas nos últimos meses criou uma oportunidade de compra importante para quem investe no longo prazo. No ano passado, o Ibovespa, principal índice de ações no Brasil, caiu 18,11 por cento.

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“Agora estamos mais para comprar que para vender”, disse.

Em 2008, após a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers que precipitou uma derrocada das bolsas no mundo inteiro, a Valia entrou ou ampliou a fatia em ações como BR Foods, Dasa e BR Malls.

(Edição de Vivian Pereira)

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