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Com alimentos mais caros, inflação é a maior para janeiro em seis anos

IPCA ficou em 0,54% no mês e acumula alta de 10,38% em 12 meses; índice desacelerou em relação a dezembro, mas é o maior para janeiro desde 2016

Por Larissa Quintino Atualizado em 12 fev 2022, 02h15 - Publicado em 9 fev 2022, 09h32

A inflação alta é uma realidade que cruzou o ano de 2021 para 2022. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o índice oficial de inflação do país ficou 0,54% em janeiro, sendo essa a maior marca para o mês desde 2016 e acumulando 10,36% nos últimos 12 meses, em linha com  a expectativa do mercado. Apesar da maior alta para janeiro em seis anos, em relação a dezembro, quando o índice ficou em 0,73% a variação dos preços representa desaceleração.

A dinâmica dos preços, em ano eleitoral, ganha ainda mais relevância. Como mostra o Radar Econômico, 80% dos brasileiros desaprovam como o presidente Jair Bolsonaro lida com a inflação.

A dinâmica de desaceleração da inflação, mas com recorde mensal, pode ser explicada pelo comportamento dos dois grupos que mais pesam no IPCA: transportes e alimentos. Enquanto os transportes desaceleraram e registraram deflação de 0,11% com queda nos preços dos combustíveis (-1,23%) e passagens aéreas (-18,36%) devido a reajustes negativos em dezembro nas refinarias e a menor procura de voos, os alimentos passaram a pesar mais no orçamento, e subiram 1,11%, mais do que os 0,84% de dezembro. Ir ao supermercado ficou mais caro principalmente pela alta nas carnes (1,32%) e frutas (3,40%), que sofreram com fatores climáticos neste início de ano.

Os alimentos mais caros pesam principalmente no orçamento de famílias com menor renda, que gastam menos em outros grupos. Vale lembrar que o IPCA mede a variação de preços para as famílias que ganham de um (1.212 reais) a 40 salários (48.480 reais). Os outros sete grupos pesquisados pelo índice também subiram, com destaque para a alta de 1,82% em artigos de residência.

Vale lembrar que em 2021, a inflação estourou o teto da meta e desencadeu um processo de alta nas taxas de juros, que continua em 2022. Para este ano, a meta é de 3,5%, com margem de tolerância de 5%. Segundo estimativas do mercado financeiro, os preços devem fechar o ano em 5,40%, em um novo estouro da meta.

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