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Cintra cai, mas líder do PSL ainda espera nova CPMF

Delegado Waldir (PSL-GO) aguarda a criação de mais um imposto; Contribuição sobre Pagamentos permitiria onerar atividades pouco tributadas, diz deputado

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 set 2019, 17h04 - Publicado em 11 set 2019, 16h57

Na tarde desta quarta-feira, 11, o Ministério da Economia anunciou a demissão do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, que defendia a recriação da CPMF. No entanto, na Câmara, onde se espera que algum projeto de reforma tributária seja entregue nas próximas semanas, o líder do PSL, Delegado Waldir (GO), aguarda a criação de um novo imposto. Se não for a nova CPMF, camuflada sob o nome de Contribuição sobre Pagamentos Financeiros (CP), algum que permita onerar atividades pouco tributadas, defende o parlamentar.

“Governo tem que fazer alguma ação para resolver a crise fiscal. Toda vez eu vejo a parte da imprensa pautar: ‘Olha, tirou verba da educação. Olha, ministério não tem recurso’. Vai tirar dinheiro de onde?”, questionou o deputado.

Segundo Waldir, houve uma campanha difamatória contra a CP, que, para ele, é diferente da antiga CPMF. “Na verdade, eu espero que venha esse tributo. A CP”, afirmou. “Tem que haver uma solução tributária. Jogo do bicho, que tributo eles pagam? Barbeiro, cabeleireiro, médico…”

Alvo de críticas de especialistas, um novo imposto sobre pagamentos enfrentava resistência antes mesmo da apresentação da reforma tributária do governo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já rechaçou publicamente a possibilidade de recriação da CPMF e afirmou que dificilmente a proposta seja aprovada pelo Congresso Nacional.

Waldir, contudo, reiterou que não foi a pressão do Congresso que derrubou Cintra. “A decisão é do presidente. Ninguém é insubstituível”, afirmou. “Ele caiu por algum equívoco, não por causa da CP.”

O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, não resistiu às pressões sobre a reedição da CPMF (Leo Pinheiro/Valor/Agência O Globo)

Cintra é defensor do imposto sobre pagamentos desde os anos 1980, quando o economista americano Edgar Feige introduziu o conceito em estudos feitos pela Universidade de Wisconsin. Durante a campanha, o presidente Jair Bolsonaro negou que a reedição de um imposto sobre pagamentos estivesse em seus planos de governo. “Votei pela revogação da CPMF na Câmara e nunca cogitei sua volta”, escreveu ele no Twitter em setembro de 2018. Agora presidente, Bolsonaro admitiu a criação do imposto. “Já falei para o Guedes: para ter nova CPMF, tem de ter uma compensação para as pessoas. Senão ele vai levar porrada até de mim”, declarou Bolsonaro na terça-feira 3, em um café da manhã no Palácio da Alvorada.

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