Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Guedes demite Marcos Cintra, secretário da Receita entusiasta da CPMF

Cintra trabalhava em proposta de reforma tributária do governo; auditor fiscal José Ferraz Neto assume interinamente

Por Victor Irajá Atualizado em 11 set 2019, 18h03 - Publicado em 11 set 2019, 15h50

O ministro da Economia, Paulo Guedes, demitiu nesta quarta-feira, 11, o secretário de Receita Federal, Marcos Cintra. O ex-secretário vinha defendendo a adoção de um novo tributo sobre transações financeiras, cuja possibilidade de criação foi admitida por Guedes – uma reedição da extinta CPMF. O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assume interinamente o cargo. Na edição desta semana, VEJA trouxe os planos do governo para o novo imposto, cuja alíquota começaria em 0,19% e, em dois anos, atingiria 0,67%. O governo confirma que trabalha em uma proposta de reforma tributária, mas afirma que o texto só será divulgado após o aval do presidente Jair Bolsonaro e do próprio ministro da Economia.

Alvo de críticas de especialistas, um novo imposto sobre pagamentos enfrentava resistência antes mesmo da apresentação da reforma tributária do governo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já rechaçou publicamente a possibilidade de que a criação do imposto seja aprovado pelo Congresso Nacional. Em nota, o Ministério da Economia diz que “a proposta somente será divulgada depois do aval do ministro Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro”. Nesta mesma manifestação, a pasta diz que “o ministro Paulo Guedes agradece ao secretário Marcos Cintra pelos serviços prestados”.

Segundo informação publicada pelo Radar, não foi só a CPMF que produziu a fritura que acabou derrubando, mas também a proteção dada por Cintra a fiscais que estariam agindo fora dos manuais para intimidar autoridades.

Cintra é defensor do imposto sobre pagamentos desde os anos 1980, quando o economista americano Edgar Feige introduziu o conceito em estudos feitos pela Universidade de Wisconsin. Durante a campanha, o presidente Jair Bolsonaro negou que a reedição de um imposto sobre pagamentos estivesse em seus planos de governo. “Votei pela revogação da CPMF na Câmara e nunca cogitei sua volta”, escreveu ele no Twitter em setembro de 2018. Agora presidente, Bolsonaro admitiu a criação do imposto. “Já falei para o Guedes: para ter nova CPMF, tem de ter uma compensação para as pessoas. Senão ele vai levar porrada até de mim”, declarou Bolsonaro na terça-feira 3, em um café da manhã no Palácio da Alvorada.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.