Chevron diz ter avançado na contenção do vazamento na Bacia de Campos
Petroleira segue tomando medidas para conter o avanço da mancha de óleo, que está localizada a 120 quilômetros da costa do Rio de Janeiro
A Chevron Corp. afirmou nesta terça-feira que o vazamento de óleo na área do Campo Frade, na Bacia de Campos (RJ), foi aparentemente contido, no primeiro sinal de progresso nas tentativas de deter o avanço do vazamento na região. Um monitoramento da empresa norte-americana mostrou uma “redução significativa” na quantidade de óleo que vazava numa fenda de solo oceânico, disse a empresa em comunicado.
O vazamento, revelado na quinta-feira passada, jorrou um volume estimado entre 400 e 650 barris por dia no mar da região, que fica a 370 quilômetros a nordeste do Rio de Janeiro. O comunicado é o primeiro sinal de que as tentativas da empresa de conter o vazamento estão dando certo. O governo iniciou um processo contra a empresa e disse que as perfurações no local provavelmente aumentaram a pressão na região onde o poço está localizado, provocando o vazamento. Há uma mancha de óleo estimada no domingo em 163 quilômetros quadrados de área. Embora as causas do vazamento ainda estejam sob investigação, a ANP aprovou o plano da concessionária para abandonar e selar definitivamente o poço.
De acordo com informações da petroleira, a mancha, que está localizada a 120 quilômetros da costa, está se dissipando e se afastando da costa na direção sudeste. “O monitoramento também indica uma significativa redução na quantidade de óleo proveniente das linhas de exsudação no leito do oceano. Nos próximos dias, a empresa seguirá monitorando a situação durante o processo de selamento e abandono do poço, o que terminará na cimentação do mesmo”, anunciou a Chevron. O incidente deve aumentar a pressão sobre as operações de segurança para perfurações na costa, num momento em que o Brasil busca explorar novas e grandes reservas e se tornar um importante exportador de petróleo. Analistas dizem que ainda é cedo para dizer se o vazamento atrasará a exploração de petróleo em águas profundas na região conhecida como pré-sal, que, estima-se, tenha mais de 50 bilhões de barris de petróleo. No momento, os novos investimentos na camada do pré-sal estão estagnados devido a disputas sobre como distribuir os royalties de petróleo entre os estados brasileiros.
(com Agência Estado e Reuters)