Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO, 30 Jan (Reuters) – A Chesf, subsidiária da Eletrobras, pretende participar do leilão de energia nova A-3, marcado para 22 de março, com projetos eólicos em conjunto com parceiros privados, segundo presidente da estatal, João Bosco de Almeida, nesta segunda-feira.
A chamada pública de potenciais parceiros privados foi finalizada na última sexta-feira e ao menos quatro empresas se cadastraram, informou Bosco de Almeida a jornalistas antes de participar de um painel sobre energia solar em evento no Rio de Janeiro.
“Queremos crescer em fonte renovável…Vamos fazer parcerias com o setor privado porque eles foram mais rápidos no estudo dos sítios”, disse.
A Chesf vai analisar a partir de agora as propostas e a viabilidade dos projetos.
Após o leilão A-3 de março, o objetivo da Chesf é entrar sozinha em futuros leilões. “Vamos participar com parceiros para eólica, porque não temos projetos nossos. No outro leilão, que deve acontecer no segundo semestre, podemos entrar sozinhos”, disse.
A empresa tem cerca de 250 MW de projetos de plantas eólicas em análise na Eletrobras, informou o executivo.
“Não estamos bem não. O mercado privado está melhor que nós e precisamos avançar. Queremos crescer e manter nosso market share de 12 por cento em geração”, disse.
SOLAR
O executivo da Chesf disse que a empresa aposta no crescimento da energia solar no país no médio prazo e que muitas de suas unidades geradoras estão em pleno semi-árido nordestino, onde estima que o potencial da solar seja superior à capacidade instalado da Chesf na região -de aproximadamente 10 mil MW.
“Nós no semi árido somos o dono da mina e vamos ficar atentos a esse assunto que é estratégico para a empresa e a nossa região”, afirmou o executivo.
Um projeto piloto de energia solar da Chesf será realizado na cidade de Petrolina, com investimentos previsto de 70 milhões de reais ao longo de quatro anos, e implantação de três diferentes tecnologias em três plantas solares.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, sugeriu no mesmo evento que o Governo realize leilões de energia solar para “criar massa crítica” no Brasil.