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CEO de O Boticário fala das mudanças no mercado da beleza na pandemia

Artur Grynbaum, da Eudora e da Beleza na Web, explica as alterações no setor de cosméticos nos últimos meses

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jul 2020, 21h48 - Publicado em 17 jul 2020, 06h00

Como o fechamento das lojas de beleza e clínicas de estética mexeu com o mercado dos cosméticos? Antes de tudo, queria dizer que esse é um setor essencial e nada supérfluo. Há cosméticos em 99,9% dos lares brasileiros. Esses meses, portanto, foram muito sofridos, mas houve luz em muitos aspectos. Se, por um lado, a loja física foi afetada, tivemos incremento no comércio on-line dos mais variados tipos. Criaram-se redes de contato de vendedoras pelo WhatsApp que oferecem cupons de desconto de produtos. O e-commerce triplicou o faturamento nesse período. Só na primeira semana da quarentena, ganhamos 40% de novos clientes. Ainda não suprimos as perdas, mas estou certo de que esse novo comportamento é um promissor caminho pela frente.

Houve mudança de consumo em relação aos cuidados com a beleza durante a quarentena? Observamos um estouro de vendas de itens mais simples de ser aplicados, como hidratantes. As mulheres, sobretudo, também repensaram o papel de produtos químicos, como tintura e escova progressiva. Isso ocorreu não só pela falta de atendimento profissional, mas também pela sensação de liberdade. Muitas assumiram os fios brancos e o estilo natural dos fios. O setor de maquiagem sofreu mais, mas só no começo. Houve, logo em seguida, um movimento de grande interesse pelos produtos para os olhos. E em seguida, as pessoas começaram a se dar conta de que não dá para fazer uma videoconferência descabelada, sem maquiagem. A câmera está muito perto do rosto, e isso faz diferença.

Um dos pontos altos das lojas de beleza sempre foram os testes de produtos nos locais de venda. Como será agora? A atenção, hoje compulsória, é para proteger o consumidor. Ele não terá acesso a provas facilmente. Quando quiser, terá de solicitar e a atendente fornecerá o item em uma fita antisséptica. As lojas físicas não serão mais as mesmas e a experiência com a pandemia ratificou essa ideia. Os estabelecimentos comerciais terão alto investimento tecnológico, como se o virtual e o real convivessem num mesmo ambiente. Em Curitiba, onde já começamos a testar o conceito, implantamos um espelho virtual em que é possível receber orientações de como testar a maquiagem, entre outros recursos.

Quanto tempo levará para o faturamento ser totalmente restabelecido? No máximo até o primeiro trimestre de 2021. Mas, se a vacina contra a Covid-19 sair antes, voltaremos mais rápido, certamente.

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Publicado em VEJA de 22 de julho de 2020, edição nº 2696

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