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Caixa faz leilão para vender 6.013 imóveis no atacado

Unidades estão divididas em dois lotes com lance mínimo de R$ 1,17 bilhão. Os interessados deverão fazer depósito inicial de R$ 1 milhão

Por Gilmara Santos
Atualizado em 13 jun 2018, 18h36 - Publicado em 13 jun 2018, 17h20

A Caixa vai fazer um leilão de venda de 6.013 imóveis no atacado em todo o país. O leilão será dividido em dois lotes, com aproximadamente 3.000 unidades em cada um, sendo que cerca de 95% deles são classificados como residenciais. É a primeira vez que a instituição financeira realiza um leilão dessa forma. Nas outras edições, os imóveis ofertados eram comercializados individualmente. Poderão participar da licitação pessoas físicas ou jurídicas, domiciliadas ou não no Brasil, mas a expectativa é de que oferta atraia o interesse de grupos de investidores.

O lance mínimo é de 1,17 bilhão de reais, já aplicado o desconto médio de 30% em relação ao valor de avaliação. Esses imóveis foram retomados de clientes que não pagaram o financiamento e por isso perderam o bem.

“Com essa ação, reduz-se o tempo e o volume de estoque dos imóveis, assim como a despesa com administração e pagamentos de contas, IPTU e condomínio, além de reduzir também a necessidade de acompanhamento, controle e gestão desses bens”, diz em nota o vice-presidente de logística e operações do banco, Marcelo Prata.

Os dois lotes são similares, com imóveis situados em todos os estados do país. O interessado terá um prazo de 45 dias, de 11 de junho a 25 de julho, para obter as informações do edital e a lista dos imóveis, por meio do site da Caixa. Posteriormente, em envelope lacrado, fará a proposta de compra, mediante depósito prévio de 1 milhão de reais, que será efetuado e bloqueado na conta do cliente, após assinatura de termo de autorização de bloqueio.

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O vencedor terá, a partir da divulgação do resultado final, mais 10 dias úteis para efetuar a transferência bancária para a Caixa. A partir daí, as escrituras serão assinadas e as propriedades transferidas.

Oportunidades

Com o aumento da inadimplência ocasionada pela crise financeira, a tendência é que mais imóveis sejam levados a leilão. Para quem sonha em ter uma casa própria, ficar de olho nos pregões pode garantir boas oportunidades.

De acordo com Eduardo Jordão Boyadjian, presidente do Sindicato dos Leiloeiros do Estado de SP e leiloeiro da LeilãoVip, o mercado tem apresentado crescimento anual de 70% nos últimos três anos. “Além de retomada dos imóveis, muitas empresas com unidades em carteira decidem usar esses ativos para melhorar o seu fluxo de caixa. A crise também coloca isso em evidência”, afirma. A estimativa dele é que neste ano o mercado de leilão imobiliário movimente cerca de 8 bilhões de reais.

“A aquisição de imóveis em leilão tende a ser um bom negócio porque pode ter redução de até 50% do valor do bem, mas como toda oportunidade, esta também está ligada ao risco do negócio”, diz o advogado Rodrigo Karpat, especialista em direito imobiliário e sócio do Karpat Advogados. Por isso, alerta o especialista, a verificação da documentação do imóvel, bem como os custos que estejam relacionados ao bem precisam ser bem analisados para evitar a ameaça de adquirir uma unidade com valor acima do mercado.

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O primeiro cuidado é ler com atenção o edital do leilão. O comprador não pode se enganar pelo preço da arrematação, devem ser consideradas questões como o IPTU e condomínio, se houver, e verificar se o acerto de contas é responsabilidade do comprador.

“É importante ter atenção ao contrato do leilão e a questões como desistência e comissão do leiloeiro. Tudo deve ser analisado de maneira criteriosa, desde a forma de pagamento, preço e comissão, por exemplo”, explica o advogado Guilherme Dorta, especializado em direito imobiliário do Dorta & Horta Advogados.

 

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