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Brasil registra o pior déficit primário para meses de setembro

O rombo de R$ 9 bilhões nas contas públicas foi influenciado pela piora do déficit previdenciário

Por Da Redação
31 out 2013, 12h47

O setor público brasileiro registrou déficit primário de 9,048 bilhões de reais em setembro, o pior resultado para esses meses desde o início da série histórica, agravando a situação fiscal do país e tornando quase impossível a tentativa do governo de cumprir a meta de superávit primário para 2013. O setor público é formado pelo governo central (governo federal, Banco Central e Previdência Social), estados, municípios e estatais.

O resultado, afetado pelo mau desempenho das contas com a Previdência, foi muito pior do que o esperado por analistas, cuja mediana de projeções apontava para saldo positivo de 100 milhões de reais – a pior das previsões era um déficit de 2,6 bilhões de reais.

Em 12 meses até setembro, a economia feita para pagamento de juros equivaleu a 1,58% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda distante da meta de superávit primário, de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado do ano até setembro, o superávit primário somou 44,965 bilhões de reais. Ou seja, para que o setor público atinja seu objetivo, será necessária uma economia de cerca de 65 bilhões de reais no último trimestre do ano.

Em agosto, as contas públicas brasileiras já haviam sido ruins, com o primeiro déficit primário (432 milhões de reais) para estes meses. A meta de superávit primário para este ano era de 155,9 bilhões de reais, cerca de 3,1% do PIB, mas foi reduzida diante da economia fraca e da elevada renúncia tributária decorrente das desonerações.

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O pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas pesou na conta do superávit em setembro. O rombo da Previdência subiu para 11,763 bilhões de reais e contribui para o pior déficit em setembros da história do governo central (formado por Previdência, Tesouro e governo federal), de 10,760 bilhões de reais.

No caso das empresas estatais também foi registrado déficit de 38 milhões de reais em setembro, enquanto a conta de estados e municípios teve superávit de 1,750 bilhão de reais.

O BC ainda informou ainda que o déficit nominal (receita menos despesas, incluindo o pagamento de juros da dívida) ficou em 22,896 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 35% do PIB. Nestes casos, analistas projetavam um saldo negativo de 20,5 bilhões de reais do resultado nominal e de 34,7% do PIB para a dívida.

Até o final do ano, haverá ingresso de algumas receitas extraordinárias, mas, mesmo assim, não há garantias de que a meta de superávit primário será cumprida. Serão 15 bilhões de reais em novembro como pagamento do bônus do leilão do campo de petróleo de Libra e até 12 bilhões de reais em receita tributária extra a ser formada pela recuperação de dívidas atrasadas.

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(com agência Reuters)

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