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Brasil entra no ranking dos 20 países mais solidários do mundo

O Brasil saltou 36 posições em relação ao ano passado, saindo da 54ª para a 18ª colocação no World Giving Index 2022

Por Luana Zanobia Atualizado em 14 out 2022, 20h03 - Publicado em 12 out 2022, 15h19

Brasil entrou pela primeira vez na lista dos 20 países mais solidários do mundo no ranking World Giving Index 2022, da organização britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada no Brasil pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS). O Brasil saltou 36 posições em relação ao ano passado, saindo da 54ª para a 18ª colocação.

Esse é o quarto ano consecutivo que o Brasil sobe no ranking e reflete um crescimento do sentimento de solidariedade no país nos últimos anos. O crescimento aconteceu em todas as categorias de avaliação, sendo ainda mais expressiva na “ajuda a um desconhecido”, no qual o país passou de 36° para o 11° lugar em apenas 12 meses. O levantamento revela que mesmo com dificuldades advindas do contexto socioeconômico atual, a população brasileira demonstra um interesse ativo em ajudar, não necessariamente apenas com doações financeiras, mas também por outros meios como ajudas esporádicas e trabalhos voluntários. “O Brasil alcançou um patamar histórico no ranking, revelando o fortalecimento da generosidade e da cultura de doação no País”, diz Paula Fabiani, CEO do IDIS.

No mundo,  o levantamento mostra que 3 bilhões de pessoas ajudaram alguém que não conheciam, um aumento de aproximadamente meio bilhão em comparação ao período anterior à pandemia. Cerca de 200 milhões de pessoas também doaram dinheiro para organizações da sociedade civil em todo o mundo, com o número de doações aumentando 10% em economias de alta renda. A Indonésia segue pelo quinto ano consecutivo liderando a lista dos países mais solidários, seguida pelo Quênia em segundo lugar. Segundo o levantamento, muitos países de alta renda retornaram ao top 10, depois de ver um declínio acentuado no voluntariado e doações desde 2018, mas que voltaram a crescer durante a pandemia. Além dos Estados Unidos em terceiro lugar, Austrália (4º), Nova Zelândia (5º) e Canadá (8º) se juntam aos países mais generosos do mundo.

No Brasil, o Monitor das Doações contabiliza mais de 1,4 bilhão de reais em doações anunciadas até outubro deste ano por 331 doadores diferentes, dos quais 207 doadores individuais, 93 doadores corporativos e 23 instituições sem fins lucrativos, dentre outros. Das doações anunciadas, apenas 3% foram para emergências, como as enchentes em Petrópolis e Recife, e 60% do total das doações têm origem em empresas públicas, 28% de empresas privadas, 7% em pessoas físicas e 2% em fundações e associações privadas. 

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Entre os maiores doadores de empresas públicas estão o BNDES, com 412 milhões reais e a Petrobras, com 280 milhões reais anunciados em doação. Nas empresas privadas, os maiores doadores são a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE), com 70 milhões de reais; a Cargill, com 56 milhões de reais; a Gerdau, com 40 milhões de reais; a Cacau Show, 20 milhões de reais; e o Grupo Heineken, com 15 milhões de reais.

Os principais doadores individuais deste ano são Lia Maria Aguiar, com 40 milhões de reais; Bernardo Paz, com 25 milhões de reais; família Ribeiro, com 10 milhões de reais; Elie e Susy Horn, com 1,4 milhão de reais, Gisele Bündchen, com 1,1 milhão de reais; Wesley Safadão, com 760 mil reais, família Frankel, com 720 mil reais, e Anitta, com 500 mil reais. Para João Paulo Vergueiro, diretor executivo da  Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), que administra o Monitor, as empresas públicas se destacam neste ano e são empresas com longa tradição em doações. “Também é merecedor de nota o fato de que temos muitas celebridades e artistas doando. O exemplo deles incentiva ainda mais pessoas a doar”, diz.

As organizações sem fins lucrativos também estão entre os doadores, com o Movimento Bem Maior, com 9 milhões de reais doados; o Hospital Albert Einstein, com 7 milhões de reais; Fundação José Luiz Egydio Setúbal, com 3 milhões de reais; Instituto Sociedade, População e Natureza, com 3 milhões de reais; e Fundação FEAC, com 2 milhões de reais.

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