Bradesco fecha acordo para comprar BAC Florida por US$ 500 mi
Objetivo do banco é melhorar suas operações com clientes de alta renda; aquisição ainda precisa ser aprovada por órgãos do Brasil e EUA
O Bradesco, segundo maior banco privado do país, anunciou nesta segunda-feira, 6, um acordo de aquisição do banco americano BAC Florida Bank por aproximadamente 500 milhões dólares (cerca de 2 bilhões de reais), no seu primeiro movimento de compra fora do Brasil. A conclusão da operação está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores competentes brasileiros e americanos e ao cumprimento de formalidades legais.
“Concretizada a aquisição, o Bradesco assumirá as operações do BAC Florida, com o principal objetivo de ampliar a oferta de investimentos nos EUA aos seus clientes de alta renda”, comunicou o banco.
De acordo com o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o BAC Florida vem oferecendo, a partir do Estado americano da Flórida, por 45 anos, diversos serviços financeiros nos Estados Unidos, com destaque para pessoas físicas de alta renda não residentes.
“Expandir nossas ofertas de produtos e serviços através do BAC Florida é uma forma de ser o banco preferencial de gestão de fortunas para nossos clientes, que exigem cada vez mais diversificação e maior acesso a soluções globais”, disse o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota divulgada pelo BAC Florida.
O copresidente do conselho de administração do BAC Florida, Alfredo Pellas, afirmou na mesma nota estar satisfeito de que o Bradesco pretende manter as atuais operações, clientes, executivos e funcionários da instituição financeira.
O BAC Florida tinha 2,235 bilhões de reais em ativos totais no fim de dezembro. Analistas de mercado consideraram a aquisição como de baixo porte, reiterando foco da compra nos clientes de alta renda.
No primeiro trimestre de 2019, o Bradesco apresentou lucro líquido recorrente de 6,238 bilhões de reais. A cifra é 22,3% maior que o mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de 5,102 bilhões de reais. Na comparação com o trimestre anterior, de outubro a dezembro do ano passado, a alta é de 7%, quando o banco registrou 5.830 bilhões de ganhos.
(Com Reuters)