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Bolsonaro diz que ‘há brecha’ para autorizar reajuste do salário mínimo

Aumento ficou abaixo da inflação; presidente considera impacto da medida 'pesado', mas ressalta que é preciso 'recompor'

Por Da Redação Atualizado em 14 jan 2020, 11h59 - Publicado em 14 jan 2020, 11h36

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 14, que o governo deve autorizar um novo reajuste para o salário mínimo de 2020, para repor a inflação de 2019. O cálculo do governo que elevou o valor de 998 reais para 1.039 reais considerou uma estimativa mais baixa do que o índice registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado em ajustes de salário, fechou 2019 a 4,48%. Já o porcentual de correção dado pelo governo ao piso foi de 4,10%.

“Acho que tem brecha para a gente atender [o reajuste]. A inflação de dezembro foi atípica [com] pico por causa do preço da carne. A ideia é [repor] a inflação, o mínimo, né?! Agora, cada um real [de reajuste] aumenta mais ou menos 300 milhões de reais no orçamento. A barra é pesada. Apesar de ser pouco o aumento,  4 reais ou 5 reais, mas tem que recompor”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada.

Nesta tarde, Bolsonaro vai se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir o novo valor e como a medida será encaminhada ao Congresso, que ainda precisa votar a Medida Provisória que definiu o primeiro valor do salário mínimo. Caso reponha a inflação e dê o resíduo salarial de 2018 (que foi considerado para o reajuste 4,1% dado anteriormente), o piso nacional deve subir de 1.039 reais para 1.045 reais.

No Twitter, Bolsonaro no entanto, ponderou um pouco mais sobre o reajuste dizendo que é “pouco para quem recebe, mas muito para quem paga”. Ao mesmo tempo, o presidente atacou a Venezuela dizendo que não se tem notícia de moradores de Roraima fugindo para o país vizinho por causa do reajuste do piso venezuelano, que subiu 66%, equivalente a 15 reais.

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O governo Bolsonaro em 2019 interrompeu uma política pública que permitiu 25 anos de ganhos reais aos trabalhadores. Ou seja, com aumentos que consideravam a inflação mais o crescimento da economia. Antes, os reajustes consideravam o porcentual do PIB, caso positivo, para aumentar o mínimo. No entanto, o governo decidiu a partir de então fazer a correção levando apenas a inflação em consideração, ou seja, apenas a reposição de preços.

INSS e reformas

O governo pretende ainda anunciar nesta semana medidas para diminuir a fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com Bolsonaro, uma dessas medidas deve ser a contratação de servidores ou militares da reserva. “A gente pretende contratar, a lei permite, servidores ou militares da reserva pagando 30% a mais do que eles ganham, para a gente romper essa fila que aumentou muito por ocasião da tramitação da reforma da Previdência”, explicou o presidente.

Sobre as reformas tributária e administrativa que o governo deve enviar esse ano ao Congresso, Bolsonaro disse que está confiante na aprovação, “sem muito atrito” com o Lesgislativo. “A minha ideia é fazer da melhor maneira possível para que possa ser aprovada sem muito atrito. A economia está recuperando, mas se nós pararmos na reforma [da Previdência] pode perder o que ganhou até agora. O Congresso está bastante consciente disso, acredito que não tenhamos grande dificuldades se apresentarmos boas propostas”, disse.

(Com Agência Brasil)

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