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Bolsonaro diz que Congresso terá projeto para barrar taxa na energia solar

Aneel tem projeto para retirar subsídios de consumidores que utilizam painel solar; presidente afirma ser contra a proposta

Por Da Redação Atualizado em 6 jan 2020, 15h38 - Publicado em 6 jan 2020, 10h23

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 6, que o Congresso deve travar o avanço da taxação da energia solar. Há uma proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para reduzir incentivos à chamada geração distribuída de energia, que envolve principalmente a instalação de placas solares em telhados e terrenos por consumidores.

Segundo Bolsonaro, o Congresso colocará em votação um projeto de lei proibindo a taxação de energia gerada por radiação solar.

Na noite de domingo, Bolsonaro postou um vídeo em suas redes sociais se mostrando contrário à proposta da Aneel. “No que depender de nós, não haverá taxação da energia solar. E ponto final. Ninguém fala no governo, a não ser eu, sobre essa questão. Não me interessam pareceres de secretários ou de quem for. A intenção do governo é não taxar”, disse Bolsonaro.

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O presidente, no entanto, salientou que quem decide a questão é a Aneel. “Que fique bem claro que quem decide esta questão é a Aneel, uma agência autônoma na qual seus integrantes têm mandato. Não tenho qualquer ingerência sobre eles. A decisão é deles. Nós do governo não discutiremos mais esse assunto, e ponto final”, acrescentou.

A Aneel começou a discutir em 2019 uma proposta para retirar gradualmente subsídios à geração distribuída, tecnologia que tem avançando no país. De acordo com o órgão regulador, a ausência de mudanças geraria custos bilionários a serem pagos nas próximas décadas por consumidores que não possuem sistema para produzir a própria energia.

A medida, no entanto, contava com apoio de técnicos do Ministério da EconomiaEm estudo publicado em junho do ano passado, a Secretaria de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) da pasta disse que os incentivos à geração distribuída geram “distorções” e representam “subsídio regressivo”, uma vez que famílias mais pobres acabariam por financiar investimentos nesses sistemas por consumidores de alta renda.

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Hoje, ao instalar um sistema de geração distribuída, geralmente solar, consumidores podem abater da conta de luz tudo o que produzem. A Aneel, entretanto, afirma que esses clientes ainda sim geral custos ao sistema, porque os painéis solares só produzem durante o dia e os consumidores precisam usar energia distribuída pela rede em outros horários.

Atualmente, existem em operação no Brasil cerca de 2 gigawatts em sistemas de geração distribuída, divididos em 162 mil instalações. Desses, 1,87 gigawatts envolvem painéis solares.

Questionada, a Aneel afirmou que não iria se posicionar sobre as falas do presidente. Segundo a Agência, o projeto foi para consulta pública e o órgão avalia as contribuições recebidas para saber o andamento que a medida irá receber.

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(Com Agência Brasil)

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