Bolsas europeias sobem graças a Espanha e Fed
Governo espanhol conseguiu vender mais do que o previsto em leilão de dívida nesta terça-feira e acalmou mercados vizinhos
As bolsas de valores da Europa fecharam em alta nesta terça-feira com a esperança de que o banco central norte-americano (Fed Reserve, Fed) adote uma terceira rodada de injeção de dólares na economia via compra antecipada de títulos públicos – política conhecida no mercado como afrouxamento quantitativo. O Fed já adotou esse tipo de política antes duas outras vezes, como estratégia para dar mais liquidez ao mercado. Além disso, a Espanha conseguiu vender mais do que esperava em leilão de dívida nesta terça-feira, o que levou a ganhos para as ações do país e mais ânimo nas bolsas de valores vizinhas. O índice Stoxx Europe 600 terminou a sessão em alta de 1,60%, aos 248,27 pontos.
O Tesouro Espanhol vendeu 3,039 bilhões de euros em papéis, um montante levemente superior à faixa pretendida – que ia de 2 bilhões de euros a 3 bilhões de euros. Com isso, o índice Ibex-35, de Madri (Espanha), subiu 2,67% (6.693 pontos), enquanto o de Milão (Itália) teve alta de 3,35% (13.445 pontos). A Itália acompanha a movimentação da Espanha e já é vista como a “próximo da fila” a mergulhar na crise.
Também ajudaram na melhoria dos mercados os rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria comprando bônus do governo da Espanha, segundo alguns operadores. Em Frankfurt (Alemanha), o índice DAX mostrou um ganho de 1,84%, aos 6.363 pontos, apesar de o indicador que mede a expectativa econômica para o país apresentar a maior queda em mais de uma década em junho, de acordo com pesquisa do instituto Zew.
Em Londres (Reino Unido), o índice FTSE-100 fechou em alta de 1,73%, aos 5.586 pontos. Já o índice ASE, da Bolsa de Atenas (Grécia), subiu 3,34%, aos 600 pontos. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa (Portugal), terminou o dia na máxima, com ganho 0,87%, aos 4.615 pontos.
Os investidores estão “olhando para a Espanha e para os yields, e aguardam o que vai surgir da reunião do G-20”, disse Predrag Dukic, da CM Capital Markets, em Madri.
(com Agência Estado)