Bolsas europeias fecham em queda
Custos mais altos de empréstimos da Espanha e Itália e dados de trabalho nos Estados Unidos decepcionam investidores nesta sexta-feira
As principais bolsas europeias encerraram a sexta-feira em queda, puxadas por persistentes incertezas vindas da zona do euro, onde os juros pagos pelas emissões de Espanha e Itália voltaram a subir. A bolsa de Madri (Espanha) fechou com perdas de 3,1% no dia, a 6.738,9 pontos.
A rentabilidade dos bônus espanhóis de dez anos alcançou 7% neste pregão – patamar de juros que os analistas consideram insustentável para a administração da dívida pública do país. Este valor não era atingido desde 19 de junho, antes da cúpula na qual os chefes de estado e de governo da União Europeia (UE) acertaram a possibilidade de ajuda direta aos bancos e de o fundo de resgate comprar dívida nos mercados secundários. O prêmio de risco da Espanha superava 562 pontos básicos nesta manhã.
A recusa do Banco Central Europeu (BCE) em comprar dívida e realizar novas medidas de estímulo, além do esperado rebaixamento das taxas de juros ao mínimo histórico de 0,75% na quinta-feira, foi o fator “detonante” da subida do risco-país da Espanha, apontam analistas.
Além disso, nos Estados Unidos, a taxa de desemprego nos Estados Unidos permaneceu estável no mês de junho, a 8,2%, segundo os números divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho. A economia americana criou no mês passado pouco mais de 80.000 postos de trabalho, que foram insuficientes para diminuir o índice. Os analistas projetavam uma criação de 100.000 postos em junho.
Outros índices – Em Londres (Grã-Bretanha), o FTSE-100 recuou 0,53%, para 5.662,63 pontos, enquanto em Frankfurt (Alemanha), o DAX perdeu 1,92% (6.410,11 pontos). Na Bolsa de Paris (França), o CAC 40 perdeu 1,88%, a 3.168,79 pontos e em Milão (Itália), o FTSE MIB perdeu 2,53% e terminou aos 13.732 pontos.
(Com agência France-Presse)