Bolsas europeias caem com EUA e temores sobre China
Índice espanhol é exceção e sobe 1,77% no pregão, apesar de circularem rumores de que país pedirá ajuda a União Europeia para sustentar bancos
As principais bolsas de valores da Europa tiveram um pregão de queda nesta sexta-feira, depois de subir quatro dias seguidos. Os investidores estão desapontados com a falta de estímulos monetários nos Estados Unidos e esperando desempenho mais fraco de dados da China.
Segundo números preliminares, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 0,30%, aos 981 pontos. Na quinta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, afirmou que o crescimento econômico dos EUA deverá continuar num “ritmo moderado nos próximos trimestres”. Para ele, o nível de inflação não preocupa, mas a situação frágil da zona do euro apresenta riscos importantes para o crescimento americano.
Também na quinta-feira, o Banco do Povo da China (PBOC, BCl do país) cortou as taxas básicas de juros sobre empréstimos e depósitos, em uma tentativa de dar suporte para o crescimento da economia e avançar na reforma do sistema financeiro local. O mercado teme que o corte surpresa na taxa básica de juros da China se traduza em dados econômicos mais fracos que o esperado no fim de semana, como os de preços ao consumidor.
Na Espanha, o Ibex 35 surpreendeu ao subir 1,77% nesta sexta-feira, na contramão da maioria dos indicadores acionários da região. Ainda mais porque no dia o mercado comenta rumores de que a Espanha pedirá à União Europeia dinheiro para ajudar seus bancos.
Em Londres (Inglaterra), o índice Financial Times caiu 0,23%, a 5.435 pontos, enquanto em Frankfurt (Alemanha) o índice Dax fechou em queda de 0,63%, a 3.051 pontos e em Milão (Itália), o Ftse/Mib recuou 1,77% (13.445 pontos).
(com Reuters)