Bolsas asiáticas caem com temores sobre Coreia do Norte
Anúncio de que o país realizou seu primeiro teste com uma bomba de hidrogênio preocupou investidores
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, em meio a preocupações causadas pelo anúncio de que a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste com uma bomba de hidrogênio. Os mercados chineses, no entanto, foram exceção e mostraram uma recuperação vigorosa, após as perdas dos últimos pregões.
A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram, com sucesso, a detonação de uma bomba de hidrogênio. O governo da Coreia do Sul classificou o teste de violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e afirmou que vai trabalhar com os EUA e outros países para estudar medidas apropriadas, que podem incluir novas sanções contra Pyongyang.
A notícia da Coreia do Norte contribuiu para piorar o sentimento na Ásia, que já vinha sendo influenciado pelas últimas evidências de desaceleração da economia chinesa. Em Seul, o índice sul-coreano Kospi caiu 0,26%, a 1.925,43 pontos, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 0,98%, a 20.980,91 pontos, e em Taiwan, o Taiex registrou queda ainda mais expressiva, de 1,1%, a 7.990,39 pontos, atingindo o menor patamar desde agosto de 2013.
Na Oceania, a Bolsa de Sydney também foi afetada pelos temores com a Coreia do Norte e China, que é o maior parceiro comercial da Austrália. O S&P/ASX 200 recuou 1,2%, a 5.123,10 pontos. Na semana, o índice australiano acumula desvalorização de 3,3%.
Leia mais:
Imóvel subiu menos do que a inflação em 2015
Petrobras quer reduzir para seis o número de sondas da Sete Brasil
China – Na contramão, o Xangai Composto, principal índice acionário da China, subiu 2,3% hoje, encerrando o dia a 3.361,84 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 2,6%, a 2.133,96 pontos. Os ganhos em Xangai vieram após perdas de 6,9% na segunda-feira e de 0,3% ontem.
Nos últimos dias, os investidores na China vêm mostrando nervosismo antes do fim iminente de medidas emergenciais adotadas por Pequim durante o forte período de turbulência de meados do ano passado. Como entraram em vigor em 8 de julho, as medidas, que incluem a proibição a vendas de participações por grandes acionistas, teoricamente expiram na sexta-feira.
(Com Estadão Conteúdo)