BNDES pode liberar R$ 40 bi para infraestrutura em 2015
De acordo com o superintendente Nelson Siffert, alta dos investimentos será impulsionada pelas novas concessões de rodovias, ferrovias e portos
Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para infraestrutura podem chegar a 40 bilhões de reais em 2015, diante das novas concessões de rodovias, ferrovias e portos, disse o superintendente do banco de fomento Nelson Siffert, nesta quarta-feira.
A estimativa para este ano é que as liberações para infraestrutura somem 23,4 bilhões de reais, ante os cerca de 18,7 bilhões de reais liberados para o setor em 2011. Nos próximos anos, o superintendente espera que o volume de desembolsos cresça mais de 25%, chegando em 2015 em 40 bilhões de reais.
“Isso será possível a medida que sejam feitas licitações para o setor de infraestrutura. Na medida que saiam as concessões para ferrovias, portos, aeroportos e rodovias, abre-se espaço para um aumento do desembolso”, disse ele.
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Para o setor de energia, o BNDES fará um desembolso recorde neste ano, de 15 bilhões de reais, 20% a mais que foi no ano passado. Segundo Siffert, boa parte desse aumento se deve ao crescimento da energia eólica, cujos desembolsos devem passar de 2 bilhões para 4 bilhões de reais.
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Sobre o financiamento de longo prazo para a usina hidrelétrica Belo Monte, o executivo declarou que o banco trabalha para concluir a análise e aprová-lo ainda em 2012. O desembolso do financiamento ficaria para 2013. “Temos a perspectiva de submeter à diretoria e fazer a aprovação ainda este ano”, disse Siffert a jornalistas que acrescentou que o montante a ser aprovado é “expressivo”.
O executivo acrescentou que as debêntures de infraestrutura também são avaliadas para o projeto. “Estamos pensando em debêntures como um elemento que venha alavancar os projetos de infraestrutura, não só em Belo Monte mas nos projetos como um todo”, disse.
O presidente da Norte Energia, Duílio Figueiredo, disse mais cedo que espera um financiamento de longo prazo de pouco mais de 20 bilhões de reais para Belo Monte e que considera um financiamento adicional via debêntures de infraestrutura para o final da obra.
(com Reuters)