Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Black Friday deve movimentar R$ 3,9 bilhões neste ano

Segundo CNC, data deve movimentar 6,5% mais, com arrefecimento da pandemia, especialmente no varejo físico; evento, porém, demandará pesquisa por consumidor

Por Felipe Mendes Atualizado em 9 nov 2021, 16h00 - Publicado em 9 nov 2021, 13h46

O arrefecimento da taxa de transmissão do coronavírus no Brasil deve impulsionar uma retomada mais robusta do comércio varejista neste novembro, mês em que é realizado o evento promocional Black Friday. Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, o setor movimentará 3,9 bilhões de reais na data, um avanço nominal de 6,5% frente a igual período no ano anterior — em termos reais, descontada a inflação, haverá retração de 3,8% no mês. De acordo com a empresa de pesquisas GfK, 79% dos consumidores brasileiros pretendem realizar alguma compra na data. Apesar de uma maior arrecadação, a inflação acumulada nos últimos 12 meses (de 10,25%, segundo o IPCA) deverá fazer com que a margem de lucro das varejistas seja comprometida.

Para Fábio Bentes, economista-sênior da CNC, o comércio eletrônico deve suportar novamente o crescimento das vendas do período, mas com o varejo físico retomando o destaque perdido com a queda na circulação das pessoas em 2020 devido à Covid-19. “O e-commerce cresceu muito no ano passado e tem mantido essa evolução neste ano. Claramente, houve uma mudança de patamar. Mas a inflação mais alta e o dólar mais elevado são fatores que devem prejudicar o ritmo de crescimento da Black Friday deste ano”, afirma ele.

A inflação e a disparada no dólar, inclusive, são fatores que farão com que o comércio encontre dificuldades em realizar ofertas tentadoras. Mesmo assim, os brasileiros prometem gastar. Segundo dados da GfK, 87% dos consumidores que farão compras na data esperam desembolsar o mesmo ou quantia superior à data do ano anterior. “No mundo, esse número é de apenas 40%. Historicamente, no mercado brasileiro, que é um mercado em desenvolvimento, o consumidor busca melhores produtos. Essa razão simboliza a jornada de compra na Black Friday”, diz Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK, que acredita que a inflação não seguirá pressionando as ofertas no varejo. “O maior efeito de repasse já aconteceu”. Para compensar os altos preços, Baialuna acredita que o comércio oferecerá mais opções de parcelamento para as vendas.

Além de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, a Black Friday 2021 deve marcar uma retomada em maiores proporções do varejo de vestuário, que ficou represado diante da pandemia e dos efeitos do distanciamento social, como o trabalho remoto. “O vestuário deve ter um crescimento bastante significativo este ano, com chances de ser até o segmento que mais vai crescer. Em termos de movimentação, no entanto, eletroeletrônicos e eletrodomésticos ainda continuarão a predominar na data”, aposta Bentes, da CNC, que indica muita pesquisa e disposição para os consumidores que queiram se dar bem no período. “Essa Black Friday vai ser desafiadora para o comerciante por causa das margens reduzidas e também vai exigir algumas horas de dedicação em busca dos descontos por parte do consumidor, já que será muito difícil num ambiente de inflação alta encontrar verdadeiras pechinchas.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.