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BCE mantém taxa de juros, indicando que ainda não há clareza sobre futuro da região

Banco vai observar como as economias do bloco se comportam, ou seja, se ficam estabilizadas ou entram em novo ciclo de recessão

Por Da Redação
4 abr 2013, 10h24

O Banco Central Europeu (BCE) manteve sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,75% nesta quinta-feira. A decisão indica que nem mesmo a principal autoridade monetária e financeira da região do euro tem clareza sobre a recuperação das economias do bloco.

Aos olhos do mercado, o BCE está esperando para ter certeza do rumo que a economia da região vai tomar: se se estabiliza ou se a série recente de dados econômicos fracos concretizará o início de uma nova contração.

A decisão desta quinta-feira marca o nono mês seguido em que o BCE não mexe na taxa de juros. A autoridade monetária também deixou a taxa de juros sobre depósitos em 0% e a de empréstimos (taxa de empréstimo emergencial para países em dificuldade) em 1,5%.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse nesta manhã de quinta-feira, após o anúncio da decisão sobre juros, que o banco irá manter o olhar atento sobre dados econômicos e monetários nas próximas semanas para julgar o impacto que terão sobre a inflação.

“As taxas de inflação caíram ainda mais como esperado e os preços a médio prazo deverão continuar contidos. As dinâmicas monetária e de crédito continuam reprimidas”, disse Draghi, acrescentando que a política monetária acomodativa permanecerá enquanto for necessário.

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Contexto – Um possível corte nos juros era esperado por parte dos analistas que acompanham os movimentos do banco. Isso porque, ao contrário do Brasil que vive uma escalonada de preços, a inflação na zona do euro está recuando. Na quarta-feira, o escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, mostrou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da região passou de 1,8% em fevereiro para 1,7% em março. Esta é a menor alta dos preços desde o ganho de 1,6% registrado em agosto de 2010.

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O que pode parecer razoável para uma economia regional que ainda não consegue se livrar da crise econômico-financeira, indica, contudo, que o consumidor não está comprando e, por isso, os preços não estão subindo – a inflação é vista principalmente quando a demanda (consumo) se sobressai a oferta (produção). O problema é que esse cuidado que o europeu está com o que gasta pode levar a uma estagnação mais prolongada da economia do euro, ainda mais diante de cortes de gastos públicos, empresas receosas em investir e aumento do desemprego, que chega a ser alarmante em alguns países como a Espanha.

Também segundo a Eurostat, o desemprego na zona do euro atingiu 19,071 milhões de pessoas em fevereiro nos 17 países que adotam o euro como moeda. Trata-se do mais alto número de desocupados desde o início da série, em 1995. No segundo mês do ano, a taxa de desemprego ficou estável na comparação com a taxa revisada para cima de janeiro, em 12% – também um recorde. A Grécia e a Espanha são os países com maiores índices de desempregados: 26,4% e 26,3%, respectivamente.

A agência de classificação de risco Standard and Poor’s (S&P) divulgou relatório em março dizendo que acredita ser alto o risco de que Espanha, Itália, Portugal e França não serem capazes de realizar as reformas econômicas de que precisam, uma vez que o desemprego se agrava e prejudica a capacidade desses países de seguir em frente com as medidas de austeridade necessárias. “O alto desemprego na Espanha, Itália e França é socialmente explosivo”, disse o chefe da S&P na Alemanha, Torsten Hinrichs ao jornal local Neue Osnabrücker Zeitung. “Precisa haver um consenso social para medidas de poupança. Alto desemprego não ajuda.”

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