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BC vê ‘retomada robusta’ no segundo semestre com avanço da vacina

Na ata do Copom, que subiu para 3,50% ao ano as taxas de juros, a atividade econômica do início do ano tem 'surpreendido'

Por Larissa Quintino Atualizado em 11 Maio 2021, 17h23 - Publicado em 11 Maio 2021, 09h01

Para decisão sobre a condução da política monetária, o Banco Central leva em consideração alguns cenários, entre eles a inflação, o cenário externo e a atividade econômica brasileira. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que subiu de 2,75% ao ano para 3,50% ao ano a taxa básica de juros da economia, a estimativa é que a economia retome de forma mais forte a partir do segundo semestre “na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente”.

De acordo com o BC, a perspectiva também leva em consideração os dados da atividade econômica do início do ano que vieram acima da expectativa dos analistas. Em fevereiro, o IBC-Br, considerado a prévia do PIB, subiu 1,70%, o dobro do estimado por analistas. Os dados de março, que contemplam um período de endurecimento na restrição de atividades na tentativa de conter o contágio pela Covid-19, serão divulgados na quinta-feira, 13. “A despeito da intensidade da segunda onda da pandemia ter sido maior que a esperada, os últimos dados disponíveis de atividade têm surpreendido positivamente”.

Na avaliação do Banco Central, os efeitos da pandemia são heterogêneos nos setores econômicos. “Enquanto o setor de bens opera com baixa ociosidade, o setor de serviços mostra dificuldades para se recuperar”, avaliou. Ao olhar para o mercado de trabalho, especialmente o formal, os dados sugerem que a “ociosidade da economia como um todo se reduziu mais rapidamente que o previsto, apesar do aumento da taxa do desemprego”.

Juros

Enquanto as notícias da atividade econômica são boas, a inflação pressiona e deve motivar mais altas na Selic neste ano. Na ata, o Copom indica que deverá elevar a taxa básica de juros da economia, na “mesma magnitude” da última decisão. Ou seja, em 0,75 ponto percentual, “caso não haja mudança nos condicionantes de inflação”. Assim, a taxa subiria de 3,50% ao ano para 4,25% ao ano. A próxima reunião ocorre em meados de junho.

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O processo de elevação da Selic faz parte do que o BC chama de “normalização parcial” da taxa de juros, que passou por processo de baixa — chegando na mínima histórica de 2% — para estimular a economia, em ociosidade. “Adicionalmente, observou que elevações de juros subsequentes, sem interrupção, até o patamar considerado neutro implicam projeções consideravelmente abaixo da meta de inflação no horizonte relevante”, diz a ata.

A avaliação dos membros do comitê é de que a alta da inflação está relacionada com o aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e do dólar, que torna os insumos e os produtos importados mais caros. “Com exceção do petróleo, os preços internacionais das ‘commodities’ continuaram em elevação, com impacto sobre as projeções de preços de alimentos e bens industriais. Além disso, a transição para patamares mais elevados de bandeira tarifária de energia elétrica deve manter a inflação pressionada no curto prazo. O Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue atento à sua evolução”, informou o Banco Central.

A estimativa do BC é que a inflação feche 2021 em torno de 5,1%, acima do centro da meta de 3,75% e próxima ao teto de 5,25%. Para 2022, a estimativa é de 3,4%, próxima a meta de 3,50%.

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