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Bancos estão prontos para fim dos estímulos do Fed, diz BC

Liquidez dos bancos cai, mas segue confortável, mostra o Relatório de Estabilidade Financeira

Por Da Redação
26 set 2013, 13h18

O sistema bancário brasileiro está preparado para o caso de haver um desmonte de incentivos monetários nos Estados Unidos, afirmou o diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, nesta quinta-feira.

Segundo ele, os testes de estresse realizados apontam que o sistema tem folga do ponto de vista de capital e liquidez. “Destaco que o sistema resistiu plenamente a estas variações”, afirmou, referindo-se aos testes. O BC divulgou nesta quinta-feira o Relatório de Estabilidade Financeira.

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O índice de liquidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) brasileiro permaneceu elevado no primeiro semestre de 2013, apesar da queda no valor em estoque de títulos públicos federais e de maior vinculação de ativos líquidos para atender ao aumento de demanda por garantias em bolsa.

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O índice considerado ideal para os ativos líquidos sobre o fluxo de caixa é de 1, e o Sistema Financeiro Nacional ficou em 1,6, o que, para Meirelles, é “mais que o suficiente para fazer frente a uma situação de estresse”. Este indicador foi de 1,91 em dezembro de 2012, e de 1,60, em junho do ano passado.

Embora o índice de liquidez tenha se reduzido, principalmente ao final do semestre, a queda foi em parte amenizada pela menor velocidade na expansão do crédito nos bancos privados. O relatório informa que o crédito concedido pelo sistema financeiro nacional cresceu de forma mais moderada, sustentado pelo crescimento do crédito nos bancos públicos, que continuaram a aumentar a participação na carteira total.

Meirelles afirmou que nenhuma instituição apresentou dificuldade de liquidez nos momentos de maior volatilidade no primeiro semestre, e que os bancos estão menos alavancados – diferença entre o dinheiro em caixa e o valor emprestado, “robustos e bem provisionados”.

Em relação aos bancos médios, que tiveram vários episódios recentes de liquidação pelo BC, o diretor afirmou que não existe um problema sistêmico. “Tivemos problemas isolados, específicos e relacionados mais à gestão do que a problemas sistêmicos. Foram problemas de má gestão que mereceram a ação do BC”, afirmou.

Migração – O BC afirma que houve continuidade no movimento de migração de crédito tanto de pessoas físicas quanto jurídicas para modalidades de menor risco, com taxas mais baixas e prazos mais longos, o que contribuiu para reduzir o comprometimento de renda das famílias e da receita das empresas. “A inadimplência da carteira total recuou, principalmente devido à queda nos atrasos nas operações de crédito com pessoa física”, afirma.

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Lucro – O lucro líquido do sistema bancário se manteve estável, segundo o relatório do BC. O documento afirma que o lucro líquido foi limitado, no entanto, pelo fraco crescimento do resultado de intermediação financeira, em razão da redução das margens brutas de crédito, do arrefecimento das concessões de crédito, com menor geração de receitas, e do impacto negativo da marcação a mercado da carteira de títulos. “Apesar disso, permaneceu robusto e eminentemente oriundo de operações financeiras de natureza recorrente, sobretudo bancárias e de seguros”, trouxe o relatório.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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