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Banco do Brasil rejeitou carteiras do Panamericano

Reputação do banco na época da crise já não era das melhores, apontam executivos

Por Da Redação
10 nov 2011, 10h06

Um ano antes de a Caixa Econômica Federal tornar-se sócia do Panamericano, o Banco do Brasil rejeitou a maior parte das carteiras de crédito oferecidas pelo banco que, então, pertencia a Silvio Santos. As negociações ocorreram entre outubro e novembro de 2008, auge da crise global. Naquele momento, bancos de pequeno e médio porte, como o Panamericano, bateram às portas dos grandes, como o BB, para vender essas carteiras e colocar dinheiro em caixa.

As informações são de executivos que participaram das negociações. Segundo esses profissionais, a qualidade das carteiras do Panamericano era sofrível. Havia, entre outros, problemas na chamada originação dos créditos. Um exemplo eram os financiamentos a motos de baixa cilindrada, área em que a inadimplência costuma ser elevada.

Além disso, observou um executivo, a reputação do Panamericano no mercado já não era das melhores. A avaliação era de que o banco não tinha foco, emprestava mal e, consequentemente, apresentava resultados fracos comparado à concorrência.

A atitude defensiva do BB – que comprou parte mínima do que lhe foi oferecido – lança mais dúvidas sobre o negócio feito pela Caixa um ano depois. Em novembro de 2009, a instituição controlada pelo governo pagou 740 milhões de reais para ficar com 49% do banco de Silvio Santos.

O BB não informa os valores das carteiras que o Panamericano quis vender, nem quanto adquiriu. Procurado, o Ministério da Fazenda não respondeu. Como a União é a acionista majoritária do BB, a Fazenda costuma indicar o presidente do conselho de administração do banco. A Caixa informou que está em período de silêncio porque o Panamericano publicará balanço.

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Na noite de ontem o Panamericano informou que teve lucro líquido consolidado de 2,84 milhões de reais no terceiro trimestre deste ano, depois de um prejuízo de 25,54 milhões de reais no segundo trimestre. O resultado operacional do terceiro trimestre foi negativo em 279,458 milhões de reais, após 104,240 milhões de reais negativos no segundo trimestre.

No ano passado, o Banco Central (BC) descobriu uma fraude contábil de 4,3 bilhões de reais no Panamericano. A instituição só não quebrou porque foi socorrida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Na sequência, a participação de Silvio Santos foi vendida para o BTG Pactual.

(Com Agência Estado)

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