Banco Central não vai segurar o dólar ‘no peito’, diz Gabriel Galípolo
Futuro presidente do BC diz que não haverá alteração na política cambial com as mudanças na diretoria da autarquia
O futuro presidente do Banco Central e atual diretor de política monetária da autarquia , Gabriel Galípolo, voltou a dizer que o Banco Central só intervém no câmbio quando ocorrem disfuncionalidades na flutuação do valor da moeda.
“O câmbio flutuante é um dos pilares da nossa matriz econômica e é essencial para que a gente possa passar por momentos como esse que estamos vendo”, disse Galípolo, nesta segunda-feira, 2, em evento promovido pela XP. A moeda americana se valorizou mais uma vez hoje e atingiu uma nova máxima intradia, superando os 6,11 reais e caminhava para encerrar o dia negociada na casa dos 6,07 reais.
O diretor de política monetária disse que o BC “não vai segurar no peito o valor da moeda” e afirmou que “o câmbio flutuante tem cumprido seu papel muito bem”. De acordo com Galípolo, em 2025 não haverá mudança na política cambial com a chegada de Nilton David à diretoria de política monetária do BC. “Não vejo nenhum tipo de mudança com a entrada do Nilton.”
Em janeiro, quando Galípolo assumir o comando do Banco Central, no lugar do atual presidente Roberto Campos Neto, a sua cadeira na diretoria da autarquia deve ficar com Nilton David, caso as indicações sejam aprovadas pelo Senado.