Banco Central Europeu reduz juros para 2,75% no quinto corte desde junho
Autoridade monetária europeia considera que juros ainda estão no campo "restritivo" e prevê novos cortes, mas sem indicar datas
O Banco Central Europeu (BCE) reduziu a taxa básica de juros do bloco em 0,25 ponto percentual (p.p.), no quinto corte desde o início do ciclo de afrouxamento monetário em junho de 2024. Com isso, a principal taxa de referência caiu para 2,75% ao ano. A decisão era amplamente antecipada pelo mercado, que ainda projeta novos cortes ao longo de 2025.
Em comunicado após a decisão, o comitê do BCE descreveu a política monetária como “restritiva” mesmo após o corte de hoje, sinalizando mais reduções à frente. O grupo afirmou que ainda “dependente de dados para determinar a posição apropriada da política monetária, reunião por reunião”, mas reafirmou que o “objetivo é levar as taxas a um nível neutro, que não restrinja mais a atividade”
A autoridade monetária europeia vem tentando encontrar um equilíbrio entre combater a inflação, que voltou a acelerar nos últimos meses, sem asfixiar a economia da região, que já encontra dificuldades para crescer. Dados preliminares divulgados nesta quinta mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro se manteve estável no quarto trimestre, com crescimento de 0%.
O resultado acompanha dados de crescimento abaixo do esperado na Alemanha e na França, as duas maiores economias do bloco. Mais cedo, números oficiais mostraram que o PIB alemão recuou 0,2% no quarto trimestre, enquanto a economia francesa encolheu 0,1% no mesmo período. Já a economia italiana permaneceu estagnada na comparação trimestral, e a irlandesa recuou 1,3%.
O desempenho da zona do euro ficou abaixo da projeção do BCE, que estimava crescimento de 0,2% no quarto trimestre de 2024, em meio a confiança fraca e tensões geopolíticas. Para o primeiro trimestre de 2025, o banco prevê alta de 0,3% no PIB.
Enquanto isso, a inflação na zona do euro voltou a acelerar nos últimos meses. Em dezembro de 2024, o índice de preços subiu 2,4% em 12 meses, marcando a terceira alta consecutiva, após atingir a mínima de 1,7% em setembro – abaixo da meta de 2% perseguida pelo BCE. A aceleração, no entanto, já era esperada devido ao aumento dos preços de energia. Já o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia por serem mais voláteis, manteve-se estável pelo quarto mês seguido, em 2,7% em 12 meses.
“O processo de desinflação está bem encaminhado. A inflação continuou a se desenvolver amplamente em linha com as projeções deve retornar à meta de médio prazo de 2% no decorrer deste ano”, escreveu o colegiado do BCE.
O BCE é mais um dos bancos centrais a engrossar a lista de decisões nesta semana. Ontem, o Federal Reserve dos Estados Unidos seguiu o esperado e manteve a taxa de juros americana inalterada na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano, na primeira reunião após o retorno de Donald Trump à Casa Branca. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também cumpriu o prometido e elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual para 13,25%. Foi a primeira decisão do colegiado, após Gabriel Galípolo assumiu a presidência do BC.
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