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Azul diz que não é obrigada a comprar aviões da Embraer

Empresa ameaçou desistir da compra de aeronaves depois de o governo sinalizar mudanças no plano de aviação regional

Por Da Redação
12 nov 2014, 15h19

A Azul não é obrigada a adquirir aviões da Embraer, reforçou nesta quarta-feira Nelson Salgado, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da fabricante de aeronaves, após participar de evento no Rio. Esta semana, a Azul ameaçou desistir de uma encomenda de 30 jatos Embraer E-2, modelo que chega ao mercado em 2018, com opção de compra de mais 20 aviões, por discordar da proposta de retirar o limite de subsídio para os voos regionais.

O Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional (Pdar) previa o pagamento de subsídio a metade dos assentos, com limite de 60 assentos por voo, mas houve proposta para eliminar o teto, o que provocou a reação da Azul. Após a controvérsia, o texto foi aprovado no formato original, com limitação para o número de lugares subsidiados. “A Azul não tem obrigação nenhuma de comprar avião da Embraer. Se ela chegar à conclusão de que deve comprar avião de outro tipo, ela vai fazer isso e nós vamos seguir nossa vida tocando o negócio”, disse Salgado, em linha com as declarações do presidente da Embraer, Frederico Curado. Até o momento, o contrato da compra dos aviões não foi fechado, há apenas uma carta de intenções, segundo o executivo.

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“Competimos em aviação regional no mundo inteiro, com japoneses, russos, com todo mundo. Se o mercado for desenvolvido no Brasil, nós vamos competir aqui também. Se não for desenvolvido, como disse nosso presidente ontem, a vida continua. Estamos acompanhando o processo, não é nada de vida ou morte”, acrescentou o vice-presidente. Segundo ele, com o desenvolvimento do mercado de aviação regional, a Embraer pretende competir por contratos com outras companhias além da Azul.

Com a aprovação do plano de aviação regional, Salgado disse que as próximas etapas envolvem a definição, pelas companhias aéreas, do tipo de avião adequado para cada rota, seja de pequeno, médio ou grande porte. De acordo com ele, a escolha deve depender da densidade (ou seja, a procura) da rota. “O que os incentivos não podem fazer é distorcer essa escolha e fazer com que alguém selecione um avião diferente por conta do tipo de incentivo”, disse o executivo. “Eu acho que poderia levar a distorção, sim”, acrescentou, quando questionado sobre o dispositivo de limitar o subsídio a 60 assentos.

Apesar disso, ele não vê a Embraer como a maior beneficiada. “Não só a Embraer, todos os produtos menores apropriados para aviação regional. Não existe um centavo de imposto de importação (sobre aviões)”, citou o executivo. Além dos subsídios, o Pdar – estabelecido pela Medida Provisória 652 – liberou o capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras, permitindo que grupos estrangeiros sejam donos de 100% de uma empresa aérea no Brasil, e a construção de aeroportos privados para uso público.

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(com Estadão Conteúdo)

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